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O partido Rede aprovou no final da tarde deste sábado (12) a formação de uma federação partidária com o PSOL nas eleições de 2022. A decisão foi unânime, contando inclusive com o voto das ex-senadoras Marina Silva e Heloísa Helena.

“Fico muito feliz pela decisão da Rede. Mostra confiança e abertura para construir um projeto de esquerda renovado. No PSOL o debate segue, mas esperamos concluí-lo nas próximas semanas”, disse Juliano Medeiros, presidente do PSOL, em resposta a uma publicação do senador Randolfe Rodrigues (Rede), comemorando o resultado. O comentário reforça que a decisão, apesar de aprovada pela Rede, segue em debate no PSOL.

Com a federação, duas ou mais siglas podem atuar de forma unitária por, no mínimo, quatro anos. A estratégia é escapar da cláusula de barreira, que sempre foi um grande entrave nas eleições para ambos os partidos.

A meta, a partir da aliança, é dobrar as cadeiras na Câmara dos Deputados em 2023 e fazer bancadas em vários estados, como Rio de Grande do Sul, Amapá, Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Pará. “Hoje, nossa expectativa é eleger pelo menos 20 deputados”, disse o senador Randolfe Rodrigues ao Congresso em Foco.

O PSOL tem hoje nove parlamentares, e a Rede somente uma, a deputada Joenia Wapichana (RR). No Senado, o PSOL não tem representantes, enquanto a rede tem apenas Randolfe.

Os partidos não anunciaram sobre os próximos passos para as eleições presidenciais deste ano, muito embora alguns noticiários afirmem que federação dever apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto com licença dada àqueles que quiserem apoiar Ciro Gomes.