Aprovação acontece em um momento em que forças conservadoras tentam minar o trabalho do Ministério dos Povos Indígenas

Ação Integrada SESAI e DSEI MRSA em Tefé-AM. Foto: SESAI

Em uma decisão histórica, a proposta brasileira para a criação de um plano global de saúde indígena recebeu aprovação unânime dos governos ao redor do mundo na Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essa aprovação acontece em um momento em que forças conservadoras tentam minar o trabalho e o mandato do Ministério dos Povos Indígenas no Brasil, bem como a questão da demarcação de terras, destacou o jornalista Jamil Chade.

Essa iniciativa inédita contou com o apoio de países da União Europeia, além de Bolívia, Cuba, Austrália, Estados Unidos, Canadá e Peru, demonstrando um amplo respaldo internacional.

Durante os debates realizados no último sábado (27), países de diferentes regiões reconheceram o papel de liderança desempenhado pelo Brasil, incluindo Dinamarca, Nigéria, Guatemala e México, além da própria OMS. De fato, a agência anunciou prontidão para iniciar imediatamente a elaboração do plano, destacando a importância histórica dessa resolução.

Além das medidas nacionais, a resolução estabelece que a OMS desenvolva uma estratégia global, um processo que terá a duração de três anos. O governo brasileiro enfatiza que os grupos indígenas devem participar diretamente desse processo de elaboração, garantindo a sua representação e voz.

Criada em 2010, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde atende mais de 762 mil indígenas aldeados em todo o Brasil.

A Sesai é responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS).