Foto: Sérgio Bacuara

Policial há 20 anos, o goiano Fabrício Rosa quer levar sua experiência na luta antifascista à Assembleia Legistativa do Estado de Goiás. Candidato a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, Fabrício atuou tanto na Polícia Militar (PM) quanto na Polícia Rodoviária Federal (PRF) no combate à corrupção dentro da própria corporação e pelo combate à discriminação por parte dos policiais.

“Nós éramos sete policiais que eram considerados loucos, revolucionários. Hoje somos mais de mil policiais espalhados pelo país”, disse ao citar o Movimento Policiais Antifascismo, que ajudou a fundar. “São policiais que gritam ‘fora fascismo, fora Bolsonaro’, que lutam pela democracia, comprometidos com direitos humanos, com uma outra perspectiva de segurança pública, com a desmilitarização da polícia”.

Fabrício se engajou também em um movimento ainda mais particular, de defesa da população LGBTQI+ nas corporações policiais. A Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTQI+ (RENOSP LGBTQI+) é formada por policiais gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais que combatem a LGBTfobia institucional.

“Pra quem não sabe existe muita homofobia na polícia. Alguns policiais não são promovidos, outros são perseguidos por serem LGBTs. Alguns são transferidos para locais onde não gostariam de trabalhar. A gente nasceu pra enfrentar isso”, disse.

Hoje, a Renosp cresceu e começou também a acolher casos de adolescentes expulsos de casa, travestis violentadas nas ruas, casais homoafetivos que simplesmente por estarem andando nas calçadas são abordados, violentados, ameaçados. “A gente ajuda essas pessoas encorajando elas a procurarem seus direitos, especialmente na própria polícia”, afirma Fabrício.

Formado em Direito pela Universidade Federal de Goiás, Fabrício também presidiu a Comissão Nacional de Ética quando esteve à frente da PRF, atuando especialmente no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, no combate ao trabalho infantil, ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo.

Em Goiás, criou o grupo de enfrentamento a crimes de ódio e crimes de intolerância. “Nós precisamos fazer com que esses grupos aumentem em todo o estado. São mais de 200 municípios, e a LGBTfobia acontece em todos esses municípios”.

NINJA nas eleições

Esta entrevista faz parte de um projeto autônomo da Mídia NINJA para visibilidade para candidaturas antifascistas.

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