A decisão não considera o terceiro pacote de joias, que incluiu um Rolex cravejado em diamantes

Foto: reprodução/redes sociais

Por Cley Medeiros

Jair Bolsonaro (PL), que voltou ao Brasil nesta quinta-feira (30) após passar três meses nos Estados Unidos, foi intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento no caso que apura o recebimento de joias da Arábia Saudita estimadas em R$ 16,5 milhões. A decisão não considera o terceiro pacote de joias, que incluiu um Rolex cravejado em diamantes. O depoimento será na próxima quarta-feira (5).

Em outubro de 2021, a comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar ilegalmente no Brasil com presentes dos sauditas, sem fazer a devida de declaração dos bens. Uma caixa de presentes, já estimada em cerca de R$ 1 milhão, passou pela alfândega sem ser declarada pela comitiva liderada pelo então ministro Bento Albuquerque.

Depois de uma decisão do Tribunal de Contas da União, Bolsonaro chegou a devolver esse pacote de joias, e também armas, mas nunca deu uma declaração que explicasse por que preferiu burlar a Receita Federal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, chegou a afirmar que o ex-presidente de extrema direita pode ser investigado pelos crimes de peculato ou descaminho. A posição encontrou eco no meio jurídico, como publicado pela NINJA.

Ontem (29), o TCU deu cinco dias para que Bolsonaro devolva ao patrimônio brasileiro o Rolex cravejado de diamantes.

A Arábia Saudita se manifestou sobre o caso. O país que vive um regime autoritário afirmou que entregou os presentes para as autoridades brasileiras acreditando que elas cumpririam etapas legais para entrada no país.