Ao invés de oferecer apoio, Malta questionou a ausência de “defensores dos macacos”

Foto: Agência Senado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou na quinta-feira (25), a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar as declarações feitas pelo senador Magno Malta (PL-ES) sobre os ataques racistas direcionados ao jogador do Real Madrid, Vinicius Júnior.

Durante uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira (23), o senador expressou sua preocupação de que a cobertura midiática do caso estava “revitimizando” o jogador, ao invés de oferecer apoio. Malta questionou a ausência de “defensores dos macacos”, em referência aos insultos racistas direcionados ao jogador brasileiro pela torcida do Valencia.

“É preciso combater algo usando o próprio veneno desse algo, entendeu? Então, onde estão os defensores dos direitos dos animais que não defendem o macaco? O macaco está sendo exposto. Vejam toda essa hipocrisia! E o macaco é um animal inteligente, está muito próximo do ser humano – a única diferença é a cauda. Ele é ágil, corajoso, alegre; tudo o que se possa imaginar, ele possui”, afirmou o senador.

Após essas declarações, o PSOL anunciou que apresentará uma representação contra o senador no Conselho de Ética do Senado e também registrará uma notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em resposta ao pedido de abertura de inquérito, a assessoria do senador informou que ele se pronunciará assim que for notificado.

Anteriormente, durante um discurso no Congresso, Malta afirmou que apoiou o jogador Vini Júnior e que foi vítima de “uma narrativa”.

“Eu estava fazendo uma analogia”, disse.