Organização de direitos humanos, com a Anistia Internacional, criticaram o curso das investigações, iniciadas ainda no governo Bolsonaro

Foto: Arte/Agência Brasil

Mais dois suspeitos pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foram indiciados pela Polícia Federal (PF). Eles foram mortos há um ano, em 5 de junho de 2022, na região do Vale do Javari, no Amazonas. O assassinato causou comoção internacional e organizações de direitos humanos denunciaram o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) de não estar empregando todos os esforços para encontrá-los.

A informação é do programa “Fantástico”, da TV Globo, exibido no último domingo (4), que também destacou que o ex-presidente da Funai do governo Bolsonaro, Marcelo Xavier, foi indiciado por omissão.

Conforme a emissora, os indiciados são Rubem Villar, conhecido como Colômbia, e o pescador Jânio Freitas de Souza.

Colômbia é investigado como mandante do crime. Ele é suspeito de ser o líder de uma organização criminosa de pesca ilegal na região e foi preso em julho de 2022 por falsidade ideológica. Jânio Freitas de Souza e Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, também fariam parte da organização.

Pelado e Jefferson da Silva Lima confessaram os assassinatos e estão presos.  Oseney de Olivera, o dos Santos, também está preso.

Como parte das investigações, a polícia colocou Colômbia e Pelado na mesma cela e gravou as conversas. Em uma delas, Colômbia teria pedido que Pelado não revelasse que ele era o responsável pelo fornecimento de munição para matar Bruno e Dom, de acordo com a PF.

Organização de direitos humanos, com a Anistia Internacional, criticaram o curso das investigações, iniciadas ainda no governo Bolsonaro.