Os fardados convocados incluem o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, anteriormente chefe do Comando Militar do Planalto

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Cerca de 80 militares do Exército serão convocados pela Polícia Federal para prestar depoimento em relação aos ataques terroristas ocorridos em 8 de janeiro. Entre os militares convocados estão o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, e o tenente-coronel Jorge Fernandes da Hora, ex-comandante do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP).

Conforme informações divulgadas pelo portal UOL, as intimações foram emitidas pela PF e os depoimentos aguardados para quarta-feira (12), como parte dos esforços para investigar a participação ou omissão de membros das Forças Armadas nos ataques ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.

A PF quer saber se as falhas decorreram de simples negligência ou de facilitação deliberada à invasão das sedes dos Poderes pelos bolsonaristas.

Operação Lesa Pátria

De acordo com a PF, “os policiais militares ouvidos indicaram possível participação/omissão dos militares do Exército Brasileiro, responsáveis pelo Gabinete de Segurança Institucional e pelo Batalhão da Guarda Presidencial”, anotou Moraes na decisão que iniciou as investigações.

No despacho, Moraes pontuou que a competência do STF para presidir os inquéritos que investigam os crimes praticados no 8 de janeiro não distingue servidores públicos civis ou militares, sejam das Forças Armadas ou dos estados, no caso de policiais militares.

Além disso, o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Fábio Vieira, afirmou que o Exército impediu operações da corporação para prender os integrantes do acampamento montado em frente ao Quartel-General. Ele indicou que os oficiais da força discordaram das ações e chegaram a impedir o acesso da tropa da polícia.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga os atentados, entende que os militares envolvidos com o caso devem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal e não na Justiça Militar. Isso porque o ataque foi contra a sede do tribunal e envolveu tentativa de golpe de Estado.

*Com informações da Rede Brasil Atual e Correio Braziliense