Começou nessa quarta-feira, 08 de junho, a #PeoplesSummit22, direto de  Los Angeles / Estados Unidos – um dos mais importantes encontros de movimentos sociais, coletivos, ativistas e artistas das Américas. O evento acontece em contraponto a Cúpula das Américas convocada por Joe Biden. O evento do presidente dos EUA é realizado sob várias contradições: alguns países do continente não foram convidados, o que provocou protestos de chefes de Estado como Lopez Obrador, presidente do México, e Luis Arce, da Bolívia, que anunciaram publicamente suas ausências.

Já do nosso lado, 200 movimentos sociais se encontram na Cúpula dos Povos, debatendo democracia, soberania, gênero, cultura, negritude, diversidade sexual, imigração, economia e diversos outros assuntos sob a perspectiva do povo.


A diferença dos eventos é gritante – Lá um ativista  interrompeu o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, em um evento da Cúpula das Américas, denunciando seu papel no golpe boliviano de 2019. Do lado de cá, Andrónico Rodríguez,  senador da Bolívia, falou na mesa de abertura.

As vozes de Cuba contra o bloqueio comercial, a abolição da polícia e a saúde como um direito humano no mundo todo foram alguns dos temas abordados ontem. Entre os expositores, Tynetta Hill-Muhammad, pessoa não-binária que debate soberania alimentar e iniciativas de saúde pública.

Uma das mais aplaudidas do dia foi Dr. Melina Abdullah, co-fundadora da frente de Los Angeles do Black Lives Matter. Durante do painel “A luta pela democracia” ela parabenizou a construção de um evento que debata liberdade em meio à opressão política global que enfrentamos.

Há alguns quilômetros da universidade que recebe a #PeoplesSummit22, Biden está organizando a “Cúpula da Exclusão” e por aqui a resposta vem em alto e bom tom: O MUNDO DEVE SER PARA TODOS. Nos próximos dias, construiremos pontes entre divisões históricas por meio do diálogo e da troca e ouviremos excluídos da Patagônia à Califórnia. Acompanhe na NINJA e em https://peoplessummit2022.org/press