Mais de 16 mil acidentes com internação de ciclistas foram registrados em 2021, aponta Abramet

Foto: Mídia NINJA

A cidade do Rio de Janeiro e a capital paulista foram palcos de protestos de ciclistas por mais seguranças nas vias, na última semana. O grupo respondeu a uma convocação pelas redes sociais da tradicional ‘Pedalada Pelada’, a versão brasileira do movimento mundial World Naked Bike. Para o movimento, o ato de ficar sem roupa serve para chamar atenção, já que os ciclistas são ignorados muitas vezes pelos motoristas.

“Estamos nus no meio da maior avenida da América Latina. Isso deixa o nosso corpo vulnerável, a nossa intimidade. E a ideia com o naturismo, o nudismo, é justamente mostrar para as pessoas o quanto nós ainda somos fracos diante da força, da violência dos carros”, disse Allis Bezerra, fotógrafo de 41 anos, para a AFP.

No percurso carioca, ciclistas pedalaram nus do centro à praia Vermelha, na Urca, e entoaram palavras de ordem como: “Mais amor, menos motor”, “Mais adrenalina, menos gasolina” e “Matar ciclista não é acidente”.

Um estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) publicado em junho do ano passado mostra que em 2021 o país registrou mais de 16 mil acidentes com internações de ciclistas em estado grave, o que representa a média de 44 acidentes por dia.