Chefes do Meio Ambiente, Saúde e Povos Indígenas visitam território Yanomami e reiteram ações de combate ao garimpo ilegal

Coletiva de imprensa de ministras na Terra Yanomami. Foto: reprodução/Ministério da Defesa

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou na segunda-feira (1º) que o governo federal irá intensificar as ações de segurança na Terra Indígena (TI) Yanomami, em resposta ao ataque de garimpeiros que resultou na morte de Ilson Xiriana e no ferimento de outros dois indígenas. A afirmação foi feita em viagem à Roraima, junto das ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ministra da Saúde, Nísia Trindade, presidente da Funai, Joenia Wapichana, e do secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.

Em sua fala, Marina ressaltou que o estado brasileiro não recuará frente à criminalidade e que as equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Forças Armadas serão reforçadas para garantir uma resposta à altura.

Além disso, a ministra do Meio Ambiente afirmou que os garimpos ilegais em operação na região serão desativados com o auxílio de ações integradas e de inteligência. A ministra também mencionou que, desde fevereiro, as ações de repressão ao garimpo na Terra Yanomami resultaram na destruição de 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, dois helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Foram apreendidas também, até o momento, 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível e equipamentos usados por criminosos.

Em relação ao ataque recente, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, visitou os dois indígenas feridos no Hospital Geral de Roraima e prestou condolências pela morte do jovem Ilson Xiriana. Segundo ela, o ataque ocorreu próximo a uma unidade de saúde recém-reaberta, o que reforça a necessidade de cuidar não apenas da saúde da população indígena, mas também de todos os trabalhadores da saúde, da Justiça e da defesa.

A Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil e tem sido alvo frequente de garimpeiros, que exploram a floresta amazônica e causam conflitos armados. O governo federal atua para levar saúde aos dezenas de indígenas doentes e também com ações de repressão para remover os garimpeiros da região.