Material é resultado de um trabalho que envolveu a confecção das roupas e ensaio da peça pelos próprios estudantes do 3° ao 5° ano do ensino fundamental

Curta-metragem destaca lendas amazônicas. Foto: Reprodução

Por Eduardo Enrique, gestor escolar da Escola São Xavier 

Um professor iniciante da rede pública do município de Mojuí dos Campos, no Oeste do Pará teve uma iniciativa bem interessante para trabalhar na prática o tema relacionado ao folclore brasileiro. E foi às margens do rio Curuá-Una, que o professor Lucas da Silva Santos, pedagogo recém-formado, encontrou o espaço ideal para colocar em prática suas habilidades, ou melhor, otimizar o uso das tecnologias na chamada metodologia ativa.

Com um celular na mão, uma mente cheia de ideias e uma turma de estudantes curiosa para manusear o aparelho, o professor colocou em execução sua atividade. Os próprios estudantes foram estimulados a encenarem algumas lendas, como a lenda do Curupira, do lobisomem e da Iara.

Não foi uma tarefa fácil, os pequenos, com orientação do professor confeccionaram suas próprias vestes, ou seja, as vestes das personagens, fizeram os ensaios e as gravações, como destaca o professor Lucas. “A ideia do filme veio também como uma forma de que os alunos de fato se sentissem dentro da história. Trabalhando desde a confecção das roupas e caracterização do personagem”.

Se para os pequenos estudantes, o esforço e a dedicação foi gratificante, agora imagine para o professor, que teve que se desdobrar em ser diretor, cinegrafista, editor e executar tantas outras funções que um bom filme exige, seguro de que o conteúdo vai ficar fixado na memória de seus alunos. “Percebi que dessa forma a história ficou mais nítida para eles e é algo que eles não irão esquecer tão fácil, afinal eles contaram e foram atores da história”, comemorou o professor.

Concluídos os preparativos, a gravação e a edição, chegou a hora de exibir o filme curta metragem de quase 3 minutos, que deve ganhar espaços nos grupos de mensagens instantâneas dos pais, colegas de trabalho e redes sociais da escola e do professor. Para os estudantes foi uma vitória atuarem com atores mirins e para o professor a certeza de dever cumprido e de uma aula bem proveitosa se apropriando das tecnologias, sem apagar o conhecimento tradicional. “Com a intensão de garantir uma imaginação mais aprofundada nos personagens do folclore brasileiro tive a ideia de usar os próprios alunos para dramatizarem os personagens do folclore, usando a tecnologia e o próprio ambiente onde eles vivem para que isso possa ser realizado (Rios e floresta)”, enfatizou Lucas.

Professor Lucas é responsável pela trissérie (3°, 4° e 5° ano) da sala externa da Escola São João, que funciona na Comunidade Porto Luiz de Sousa, as margens do rio Curuá-Una .

Confira o curta: