Presidente falou em Paris, na Cúpula para Novo Pacto Financeiro Global

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua preocupação com as exigências feitas pela União Europeia (UE) para a finalização de um acordo com o Mercosul. Durante a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em Paris, Lula destacou a necessidade de tornar os acordos comerciais mais justos e questionou a viabilidade de uma parceria estratégica diante das ameaças representadas por uma carta adicional da UE.

Lula reconheceu a construção da UE como um patrimônio democrático da humanidade e manifestou o desejo de que a América do Sul também siga um caminho democrático semelhante.

O presidente ressaltou a importância de criar novos blocos para negociar com a União Europeia e defendeu uma revisão no funcionamento do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele argumentou que é necessário mais recursos financeiros, maior diversidade na direção e uma participação ampliada de diferentes países.

Lula agradeceu ao presidente francês Emmanuel Macron por sediar a reunião e afirmou sua determinação em enfrentar os desafios que surgirão nos próximos três anos, período em que presidirá o Brasil.

No discurso, Lula expressou sua vontade de realizar um acordo com a União Europeia, mas ressaltou que as exigências impostas pela UE estão dificultando a concretização desse objetivo. Ele enfatizou a necessidade de diálogo para resolver as questões pendentes e promover acordos comerciais mais equilibrados. Lula afirmou que a UE conseguiu construir um Parlamento e conviver com divergências de forma democrática após duas guerras mundiais, e que essa experiência deveria ser buscada também na América do Sul.

Ao finalizar seu discurso, o ex-presidente agradeceu novamente a Macron pela reunião e reforçou sua determinação em lutar pelos interesses do Brasil nos próximos anos.