Foto: Reprodução

Cenas inusitadas do atual momento de inflação no país se espalham nas redes. Nesta semana, começou a circular um vídeo em que um funcionário da GOL descobre um botijão de gás dentro de uma caixa entre as bagagens despachadas. Uma passageira tentou despachar o item em viagem de Recife ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Ao retirar o botijão, o funcionário alerta a passageira: “isso aqui não pode ser despachado não. Isso é praticamente uma bomba. A senhora derruba um avião com um negócio desse”. Ela questiona: “nem vazio?”.

Conforme nota enviada pela GOL à imprensa, o episódio aconteceu no check-in para embarque no voo 1611, trecho (REC-GRU). “O colaborador da companhia, em procedimento padrão de segurança, identificou que a bagagem possuía item perigoso e, de pronto, comunicou à cliente que o mesmo não poderia ser despachado, pois representaria um risco ao voo”.

Preço do gás não tem perspectiva de baixa

O gás de cozinha já ultrapassou o valor de R$ 100 em todos os Estados brasileiros em 2022. Com a elevação do preço do petróleo, a perspectiva é que não cairá no futuro próximo.

“Estamos em uma etapa de estabilidade com viés de alta, infelizmente, dado o cenário internacional. Por um tempo, R$ 100 vai ser o ‘novo normal’”, disse o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito do Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Melo, em congresso do setor, conforme publicado no Tempo.

Desde janeiro de 2019, início da gestão do presidente Jair Bolsonaro, o gás de cozinha teve a alta de 100,1%, de acordo com dados da Petrobrás, analisados pelo Dieese. Os combustíveis no Brasil deverão permanecer como umas das principais fontes de pressão inflacionária.

“Com as tensões na Ucrânia e ondas de frio nos países do Hemisfério Norte, que elevam o consumo de petróleo, os preços do óleo no mercado internacional deverão subir ainda mais, podendo superar US$ 100 por barril”, prevê Cloviomar Cararine, economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

O órgão denuncia sistematicamente os impactos do Preço de Paridade de Importação (PPI) adotado pela gestão da Petrobrás após o golpe de 2016.

Com informações da FUP