Armazém do Campo, espaço de comercialização de produtos do MST, abre espaço em parceria com Mídia NINJA e consolida estratégia de ampliar a narrativa da alimentação saudável por meio de São Paulo. Confira entrevista.

Foto: Mídia NINJA

O Armazém do Campo, espaço do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para comercialização de alimentos, terá mais um espaço em São Paulo (SP) a partir do próximo dia 21 de novembro junto a Nave Coletiva da Mídia NINJA. Além da sede no centro da cidade, a Nave também será local para comercializar produtos da reforma agrária provenientes de assentamentos do MST, cooperativas, agricultura familiar e de empresas parceiras, com produção orgânica e agroecológica.

Essa é mais uma celebração de parceria que já dura anos entre o MST e a rede de cultura e comunicação Fora do Eixo. “A Mídia NINJA vai conseguir impulsionar e trazer informação numa escala que o MST não dá conta. Isso é sensacional”, disse Lucas Brozi, do MST, sobre a conjunção entre os dois movimentos no mesmo espaço.

Conforme Claudia Schulz, uma das gestoras da Nave Coletiva, “logo que lançamos a Mídia NINJA em 2013, ainda antes das jornadas de junho, já tínhamos realizado duas grandes coberturas envolvendo casos de assassinato de trabalhadores rurais. Na época éramos a única mídia cobrindo o julgamento de fazendeiros em Marabaia, no Pará, e uma das únicas a acompanhar o caso de Felisburgo, no Norte de Minas”, afirma. “De lá pra cá foram centenas de atividades em conjunto e chegou a hora desta parceria dar mais um passo, com a criação da primeira filial do Armazém do Campo em SP”.

Foto: Mídia NINJA

Em setembro, o Armazém do Campo comemorou três anos em São Paulo. Hoje, ele é muito mais do que um espaço para comercialização de produtos, também virou ponto de encontro artístico, político, cultural e, sobretudo, de luta e resistência diante da atual conjuntura.

A parceria inclusive não se restringe à criação da filial, e vai além com a construção de um plano conjunto para a alimentação saudável de todos os moradores e frequentadores da Nave Coletiva, que passará a ter em seu cardápio diário alimentos orgânicos e sem agrotóxicos oferecidos pelo MST.

“Desde que criamos a nossa frente de ativismo alimentar, a XEPA, um dos nossos principais desafios é ter acesso a alimentos saudáveis. A NAVE Coletiva já tinha estabelecido que seríamos um espaço livre de carne por princípio, e a parceria com o MST fortalece a nossa frente e cria as condições para que a NAVE seja também um espaço referência em alimentação saudável e ativismo alimentar” nos conta Alessandra Santos, gestora da Xepa.

A inauguração do espaço acontece durante o Festival NINJA, entre os dias 21 e 24 de novembro, com mais de 80 horas de programação e a presença de Caetano Veloso, Fernando Haddad, Manuela D’ávila, Glenn Greenwald e mais uma centena de convidados e colaboradores da Midia Ninja no Brasil e na América Latina.

Para garantir a sua vaga no Festival NINJA é simples: siga @navecoletiva no Instagram, preencha o formulário na bio, e participe da campanha de financiamento coletivo. As vagas são limitadas e as atividades não terão cobrança de ingressos.

Foto: Mídia NINJA

Confira abaixo entrevista com Lucas Brozi feita à Mídia NINJA e saiba mais sobre os trabalhos do Armazém do Campo em todo o Brasil.

MÍDIA NINJA: Como surgiu a ideia do Armazém do Campo? O aumento da busca por alimentos saudáveis, especialmente sem agrotóxicos, foi um dos impulsionadores disso?

LUCAS BROZI (MST): O Armazém do Campo surge através de uma estratégia do setor de produção do MST de organizar as cadeias produtivas. A comercialização é o final das cadeias produtivas e fomos muito impulsionados pela resposta que a sociedade deu às grandes feiras nacionais do MST na busca por alimentação saudável. Através desse respaldo a gente buscou abrir o Armazém no formato que é hoje. A discussão de alimentação saudável, ela é uma discussão interna para o MST, mas ela também fomenta demais através do diálogo com a sociedade as ações que a gente faz.

Isso vem casar com a estratégia do movimento de reforma agrária popular de agroecologia. Agroecologia, a gente pode entender como práticas e técnicas, não só a questão da certificação orgânica, mas práticas de melhor produção dos alimentos, e também novas relações sociais, novas relações com o meio ambiente, novas relações políticas. Não adianta nada eu ter uma alface com certificado de orgânico produzido com sangue da mulher que apanha do seu marido. Isso não é um produto agroecológico. O agronegócio não produz orgânico, mas o agronegócio não consegue produzir agroecológico. Isso para nós é fundamental, essa diferenciação.

Hoje vocês têm 6 lojas em todo o Brasil, vocês pretendem abrir mais lojas, e planejam abrir em outros países? E qual o critério de escolha do local/cidade das lojas?

Nós temos seis lojas abertas no Brasil. Temos em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e São Luís. Temos mais 14 lojas para abrir nos próximos um ano e meio, em diversas regiões do Brasil. O critério de abertura que a gente tem usado inicial, é de focar em cidades maiores, porque como é uma estratégia nova, a ideia é ser mais certeiro. A partir desse próximo ano, com essas grandes cidades já tendo seu Armazéns do Campo, a ideia é ir para o interior, as cidades-polo das regionais, de cada Estado.

Em Minas Gerais, vou dar um exemplo, a gente já tem em Belo Horizonte e estamos pensando em daqui 3 a 5 anos ter mais 4 a 5 Armazéns do Campo. Cada um em uma regional diferente, assim como no interior de Santa Catarina, interior do Paraná. Porque não adianta só ter na cidade grande. A cidade grande é estratégica para lidar, para fazer o diálogo com a classe trabalhadora da cidade e com a sociedade urbana como um todo, e isso para nós é fundamental na defesa da reforma agrária. Mas também temos que dialogar com o campo e com a nossa própria base. Temos que ter Armazéns do Campo também junto aos assentamentos ou próximos ou nas cidades para a gente também consumir aquilo que a gente produz. Quanto a abrir para outros países, ainda não apareceu esse desafio.

Esse ano, a Feira da Reforma Agrária, que acontece anualmente em SP, não teve devido à proibição do governador João Doria. Como isso repercutiu para o MST, e qual o planejamento para o próximo ano?

Isso é muito ruim. Essa feira tem uma importância muito grande para nós do MST, a feira de São Paulo. Vem ocorrendo desde 2015. Lá se transformou no maior espaço de diálogo do MST com a sociedade brasileira e de uma importância enorme porque ela ocorre dentro de São Paulo. Ela faz um embate ideológico dentro da capital financeira do Brasil. Isso para nós tem uma relevância muito grande e se tornou um ponto tradicional. Já chegou ao ponto de as pessoas estarem aguardando para ir a essa feira. Assim como a nossa base no Brasil todo. No início do ano, já tem calendário. Vou começar a produzir isso, isso e isso. E vou plantar isso, me preparando para essa feira que vai acontecer em maio. Então maio está marcado no calendário a nível nacional e os parceiros do MST também estão começando a participar junto e querer estar junto.

O parque da Água Branca, onde a gente realizou a feira, já se tornou insuficiente para o MST assim como para trazer os parceiros. Mas, por uma questão política, a gente mantém no parque da Água Branca, no seio da capital paulista. Isso, para nós, tem um fator político muito grande. É decisivo.

O que a Feira trouxe de volta para o MST, para os assentados, para as famílias? Qual foi o retorno?

Quando a gente faz uma feira ou um festival, não importa o nome, se ela é local, regional, estadual, nacional… não importa. Você tem um caráter organizativo para o MST, do seu assentamento. Que a família tem que se programar para produzir e isso é uma transcendência, um investimento que a pessoa faz. Então, a pessoa está se dedicando àquele espaço específico e isso é fundamental.

Outro caráter é o ato de realizar a feira, de contato com a população e formação com a população e explicar o que é um assentamento, o que é um acampamento muitas vezes, explicar o que é o MST. Muitas vezes desmistificar… Não é que a população como um todo é contra necessariamente, mas é que a maior parte da população não sabe o que é. E quando vêem que o MST tem produtos, se surpreendem: “E nossa, eu achava que vocês só queimavam pneu!”. Já escutei, isso é rotineiro escutar. Não significa que as pessoas são contra ou são fechadas. Tem, mas não é a maioria. Então, as feiras têm essa capilaridade. Elas acontecem no Brasil inteiro e elas são uma forma rápida de conseguir escoar a produção. Então, para nós, feiras são partes da nossa estratégia. Participar de feiras ou realizar elas e organizar elas em si. São fundamentais.

Foto: Mídia NINJA

O MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, produto com certificado de qualidade e exportado para diversos países. Qual a importância disso para o movimento na luta pela reforma agrária?

Primeiro, mostrar a viabilidade da reforma agrária. A gente tem que mostrar as diversas facetas do que é a reforma agrária não só a questão da luta pela terra, mas também as nossas ações de organização dos assentamentos, das famílias, da organização produtiva, a capacidade produtiva dessas famílias que, mesmo sem apoio do Estado e da sociedade, mas a gente dá conta de fazer muita coisa. Mostrar que um outro sistema produtivo é possível, em contraponto ao agronegócio. Isso serve como propaganda tanto para dentro do movimento como para fora do movimento. E coloca o MST como um dos grandes do campo.

A perseguição que o MST sofre a nível nacional, estadual e regional mostra isso né. Muitas vezes, a dificuldade de fazer uma ação, a perseguição, a criminalização que a gente sofre… porque tem uma importância, tem uma relevância. É, politicamente, o alvo a ser abatido, que tantas vezes o Bolsonaro vai trazer em suas falas, tentar criminalizar.

Para nós, a produção do arroz orgânico e seu sucesso é chave dentro desse processo de tentar trazer a reforma agrária de novo à pauta – que hoje não faz parte da agenda brasileira política. E não só trazer a reforma agrária para a agenda, mas essa nova reforma agrária que, a partir do último congresso de 2014 o MST traz. A reforma agrária popular. Ela rompe com a reforma agrária clássica. Na reforma agrária clássica você tinha a busca por terra, crédito e assistência técnica, e o MST traz que isso é importante, mas as relações sociais, as relações políticas, os saberes tradicionais, a agroecologia e tantas outras coisas, soberania energética, a questão dos recursos hídricos, o meio ambiente, são tão importantes quanto. Trazer o debate da reforma agrária e trazer a reforma agrária popular, você consegue quando você tem esse cartão de visitas, essa vitrine, que é o arroz agroecológico em escala que a gente tem no Rio Grande do Sul.

O Armazém do Campo é também um ponto de cultura nas cidades em que está atualmente. Qual a relação da alimentação com a cultura no MST?

O MST, a gente tenta ter uma visão – eu vou dar uma palavra que eu não gosto – “holística” das coisas. A gente tenta trazer as nossas ações de forma que envolva todas as esferas da vida pública das pessoas. O que eu quero dizer com isso? Não adianta só eu me organizar produtivamente se eu estou degradando o meio ambiente. Não adianta eu só fazer recuperação ambiental sem tratar da questão produtiva. Não adianta eu fazer uma recuperação ambiental e produtiva sem dar formação técnica e política para as pessoas. Assim como não adianta eu fazer essas ações sem pensar na cultura. A cultura é o que? São as ações que marcam aquela sociedade. Então, a gente tem que pensar de forma integrada isso tudo. O Armazém, apesar de ser identificado como uma loja, ele é muito mais do que uma loja. Ele é uma forma de dialogar, uma forma de fazer formação, é uma forma de trazer saúde, é uma forma de mudar a cultura do povo, a cultura da sociedade e criar algo novo. Um contraponto. É fundamental.

O Armazém do Campo irá abrir uma nova loja em São Paulo, na nova sede da Mídia NINJA na cidade. Fale um pouco mais sobre essa parceria com o coletivo de ativismo e comunicação.

O “econômico” do Brasil pode ser que esteja nas grandes cidades. São poucas as grandes cidades. Mas, o Brasil como um todo, territorialmente, são cidades rurais. Uma lógica rural. Então, o Brasil, na verdade, é rural. O diálogo que a gente tem nos Armazéns com a população urbana dos grandes centros mostra muito isso. Tanto as pessoas que estão nesses grandes centros urbanos, que tem um histórico do campo tanto porque saíram como primeira, segunda ou terceira geração já na cidade, como pessoas que já estão completamente desconectadas do campo, mas que sentem esse grau de alienação e querem diminuir isso. Querem ser educadas sobre o campo. Não é raro a gente escutar isso. Da pessoa apontar para um produto e falar: eu quero comprar isso e eu não sei o que é, me explica. Então, não é só o ato da venda. O ato da venda é formativo.

A Mídia Ninja vai conseguir impulsionar essa propaganda e trazer essa informação numa escala que o MST não dá conta. Isso é sensacional. É uma parceria do “caralho”. Porque é formativo. Cada venda, cada pergunta que a pessoa faz para uma pessoa que está fazendo a venda… isso é formação. Isso, para nós, é fundamental. É tão importante quanto realizar uma venda.

Você sente que a sociedade está menos raivosa e aceitando melhor o MST ou que piorou essa aceitação?

Bah! Essa é difícil de responder! Eu não sei o que te dizer na verdade. A gente sente que a partir dos processos desencadeados a partir de 2014, a gente sente que a sociedade mais politizada, de esquerda, mais progressista, tem buscado mais o MST como referência. Isso a gente sente. Também sentimos uma capacidade maior do MST de dialogar com as periferias, onde a gente tem feito isso, em cidades como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, às vezes até São Paulo. Mas, a sociedade como um todo, ainda é uma incógnita. Porque o Bolsonaro se elege não com a maioria dos votos e nem com a maioria da população, talvez muito até pela incompetência da esquerda de se organizar, não sei.

Não sou a melhor pessoa para fazer análise política. Mas, existe uma certa dúvida no ar. A esquerda como um todo nesse processo, e aí, não é só o MST e nem só no Brasil, ideologicamente foi derrotada diversas vezes. Esse processo da reforma agrária popular que o MST está propondo junto com alianças, com diversos setores da sociedade de esquerda e progressista e também populares, é uma ideia de trazer um novo conjunto de ideias para poder ideologicamente fazer enfrentamento na luta de classes. A gente está vendo um descenso da luta de massas. Está aí essa incógnita no ar. Quem é que vai amealhar? Que a direita está se autodestruindo, né? A gente vê muito disso… A direita perde, mas não é por uma vitória da esquerda. É por eles mesmos. Se implodem.

Está faltando um novo projeto de esquerda. Tem uma carência para pautar já que o bolivarianismo não teve sucesso. O que é então? Tem esse gap e não é só no Brasil. Nós, do MST, temos esses conjuntos de ideias, a reforma agrária popular, mas isso é só sobre nós, um público específico: o assentado. Agora, a gente precisa da organização da classe trabalhadora da cidade e da agricultura familiar e da sociedade. Se a gente tivesse esses grupos organizados, pra gente ter uma grande proposta do que é que a gente quer como sociedade, o que é que a gente quer para o Brasil como um todo…

Sobre os atingidos do Vale do Rio Doce, pelo crime de Mariana. Conseguimos ter uma recuperação da natureza ali?

Os testes químicos que estão sendo feitos apontam uma diminuição do acúmulo de metal pesado na água. Só que o estrago já foi feito, né? A biodiversidade que existia no Rio Doce foi afetada e é talvez 50, 100 anos para recuperar o que tinha. As ações de recuperação ao longo da bacia são insuficientes para o estrago real e se soma ao crime de Mariana [a tragédia na cidade mineira] que foi algo muito abrupto no histórico da região do Vale do Rio Doce, que passou os últimos 100 anos do latifúndio acabando com a Mata Atlântica de um jeito que hoje raramente você encontra ilhas de vegetação. É terrível.

Nós, dos movimentos sociais, estamos tentando fazer algumas ações de reparação, mas é muito pontual. Primeiro pelo alcance que os movimentos sociais têm e porque a maior parte da agricultura familiar não está organizada. Pelo fato de não estar organizada, tem dificuldade de reivindicar. Então, o MST está conseguindo nos últimos dois anos fazer trabalhos para sua base. Sua base assentada. São quase 2000 famílias na bacia do Rio Doce, tanto do lado do Espírito Santo quanto no de Minas Gerais. Só que 2000 famílias é só uma gota de água dentro de um oceano de pessoas atingidas como um todo. Assim como o dinamismo econômico foi afetado na região, o estrago foi muito grande. As ações de recuperação também na cidade para tentar retomar algum nível de dinamismo são muito limitadas.

E não tem ajuda da Prefeitura de Mariana, por exemplo.

Minas Gerais é muito refém da mineração, sabendo que aquilo afeta a eles. Mas não tem outra alternativa. Uma falta de dinamismo econômico como um todo que Minas Gerais têm. Ou o agronegócio ou mineração. Você não tem nem política públicas nem fiscalização para garantir um meio termo, um apoio à agricultura família nem nada. A gente está tentando fazer um bom trabalho dentro dos assentamentos. Recuperar tanto ambientalmente quanto produtivamente os assentamentos e ver como o nosso processo de recuperação serve tanto como modelo, como indutor de organização da classe trabalhadora tanto do campo como da cidade. A gente está com esse desafio.

Como é que esses projetos que a gente está tocando, de recuperação ambiental produtiva com formação técnica – formal e informal – pela classe trabalhadora para a classe trabalhadora, seja uma forma de transformar o Vale do Rio Doce daqui a 15 anos quando atingir a maturidade desses projetos numa nova bacia do Rio Doce. Uma nova dinâmica, uma nova organização e talvez, ambientalmente, melhor. Não sei, acredito que sim. Mas tem regiões ali no Rio Doce, principalmente ali em Bento Rodrigues, que é cercar e botar cem anos isolado que nem Chernobyl. Não tem muito o que fazer. E são pessoas que até hoje estão vivendo em hotel. Eu nunca entendi como é que pode levar tanto tempo para construir casa, gente. E construíram uma quantidade de regras que impossibilita você fazer qualquer coisa.

O Ministério Público tem muito vontade de fazer as coisas funcionarem, mas os outros, agentes tanto privados quanto públicos, criaram uma série de empecilhos, que cada um quis botar a sua lógica de atuação e criou um monstro. Pegou o pior do poder público e o pior do mercado. É uma situação bem complicada. Se pegassem reme de mutirão, faria bem baratinho. Todo mundo tinha a sua casa, estava todo mundo muito feliz. Mas não pode ser uma organização popular para fazer um método popular, que é o histórico. Tem que ser uma grande empresa que vai ser contratada e essa grande empresa vai vir com seus grandes engenheiros especiais para fazer do jeito deles. São três anos e as obras estão para finalizar agora, talvez abril do ano que vem ou março do ano que vem. Depois de três, quatro anos, aí sim vão voltar para casa. A situação é surreal e não é falta de dinheiro. São as contradições, é complicado. O que o MST tem perna para fazer e ousar fazer, a gente está correndo atrás. Tentar fazer algo diferente.

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