Por Mauro Utida

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação de improbidade administrativa contra o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pedindo seu imediato afastamento de suas funções por 90 dias.

A liminar do MPF foi divulgada nesta terça-feira (15) e acusa Vasques de uso indevido do cargo, com desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagem da instituição policial com o objetivo de favorecer o presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais.

Vasques chegou a pedir votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.

A investigação do MPF atinge a atuação do chefe da PRF diante das abordagens da corporação no segundo turno no pleito, sob o pretexto de transporte irregular de eleitores. Na ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu operações relacionadas ao transporte público de eleitores , mas a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Os casos foram denunciados por eleitores nas redes sociais.

“São investigadas supostas operações policiais durante o pleito (número bem acima do usual) e inação durante os bloqueios (de dimensão nacional) das estradas após a divulgação do resultado”, detalha a ação do procurador Eduardo Benones, do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial e autor da ação.

Vasques também é investigado pela Polícia Federal, a pedido do próprio Ministério Público Federal, sobre a sua conduta em meio à desmobilização de atos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente da República nas urnas.

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