Por Mauro Utida

Após a imprensa noticiar que HDs de equipamentos da Presidência da República estariam sendo formatados em razão de uma suposta ameaça aos sistemas e aos bancos de dados da pasta, o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal solicitou abertura de procedimento investigatório para apurar o suposto apagão de documentos de computadores do Palácio do Planalto.

O MPF quer que a Secretaria-Geral da Presidência explique de quem partiu a ordem de formatação dos HDs e se a pasta promoveu a apuração de responsabilidades sobre eventuais causas e responsáveis pelo ocorrido.

De acordo com a reportagem do Metrópoles, o episódio causou “estranheza”, já que o aviso sobre a suposta ameaça foi disparado dias após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Técnicos de área de informática do Palácio do Planalto foram “convocadas a chegar mais cedo no dia 3 de novembro, a quinta-feira seguinte à eleição, para atuarem em uma força-tarefa destinada a “amenizar” a situação.

Em nota à imprensa, a Secretaria-Geral da Presidência limitou-se a dizer que um “malware” foi detectado em algumas estações de trabalho. A infecção, segundo a nota, ocorreu por meio de “phishing”- técnica usada na internet para o roubo de dados confidenciais. A pasta garantiu que não houve vazamento de dados, nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da Presidência da República.

Diante da situação, o MPF alerta que os fatos são graves e suficientes para instaurar uma investigação. O Ministério Público sustenta também que a Presidência da República não esclareceu se computadores foram formatados, se arquivos foram danificados ou apagados, se dados sensíveis foram vazados, se dados públicos foram perdidos ou se houve investigação sobre a origem do ataque.

“Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências”, destacou o MPF no documento que pede abertura do procedimento investigatório.

Com informações da assessoria de imprensa do MPF

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