Bruno e Dom foram mortos no dia 5 de junho, na região do Vale do Javari (PF)

 

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Dantos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) pelo duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Com isso,  deixam de ser investigados e se tornam réus no processo que tramita na Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM).

Na denúncia, o MPF se baseia pela confissão do crime, por Amarildo e Jefferson, citando ainda a participação comprovada de Oseney, por depoimentos de testemunhas. O documento traz ainda, prints de conversas e cita os resultados de laudos periciais, com a análise dos corpos e objetos encontrados.

Segundo o MPF, já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal em território indígena, mas o que motivou os assassinatos “foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF como motivo fútil e pode agravar a pena. Bruno foi morto com três tiros, sendo um deles  pelas costas, sem qualquer possibilidade de defesa, o que também qualifica o crime. Já Dom foi assassinado apenas por estar com Bruno, de modo a assegurar a impunidade pelo crime anterior”.

Bruno e Dom foram mortos no dia 5 de junho, na região do Vale do Javari, no Amazonas.

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