Foto: Midia NINJA

Dezenas de entidades da organização civil, ativistas e defensores do meio ambiente, subiram ao palco na Esplanada dos Ministérios para dar início ao Ato pela Terra, na tarde desta quarta-feira, dia 9. Eles mandaram o recado ao Congresso Nacional e ao Senado Federal: “O povo diz não ao pacote de veneno!”.

A área próxima ao Congresso Nacional foi ocupada por milhares de pessoas, que se juntaram às entidades e aos artistas que convocaram o ato para evitar que o Congresso Nacional aprove um pacote trágico para o futuro ambiental e econômico do país. Ao menos cinco projetos de lei (PLs) com impactos diretos e irreversíveis para a Amazônia, os direitos humanos, o clima e a segurança da população aguardam votação no Congresso. Eles são parte de um “combo da destruição” de quase uma dezena de PLs.

“Nós não vamos pagar a conta de mais uma guerra. Não vamos autorizar que o potássio seja desculpa para invadir as nossas terras, chega de sangue indígena, nenhuma gota a mais. Estamos aqui para dizer não ao PL 191, ao garimpo, ao agrotóxico, ao veneno que continua matando o nosso povo”, afirmou Sônia Guajajara, que subiu ao palco junto com a articulação dos povos indígenas.

“É escandaloso que estejamos aqui brigando contra uma pessoa que com uma caneta tem o poder de legalizar estes crimes contra o meio ambiente, contra os povos originários, quilombolas, ribeirinhas, favelados, porque estes serão os mais afetados. Não podemos deixar legalizar este crime”, declarou a representante da Uneafro, Thais Santos.

Foto: Midia NINJA

O dono desta caneta no caso é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que tem a responsabilidade de parar este pacote da destruição ou pode assinar a carta ao genocídio das florestas e do povo brasileiro. “O Brasil de hoje vive uma inversão de valores. Enquanto grileiros, garimpeiros e fazendeiros que destroem a floresta, andam livres, àqueles que defendem as florestas e lutam contra estes crimes estão com medo”, alertou Raul do Valle, da ONG World Wide Fund for Nature (WWF).

Julia Aguiar, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e representante do movimento Levante da Juventude, declarou que esta mobilização é histórica, pois a população se juntou aos artistas para dar um basta à destruição que acontece no país. “Não é possível que este Congresso siga aprovando leis que destruam o futuro das próximas gerações”, afirmou.

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