Na próxima quinta-feira, 6 de junho, Jair Bolsonaro fará uma visita oficial à Argentina e os movimentos do país vizinho mobilizam um dia de resistência na Praça de Maio.

Foto: Emergentes

É a primeira vez que Bolsonaro visita a Argentina e durante viagem se reunirá com o presidente Mauricio Macri. Em pauta no encontro, uma agenda bilateral que prevê questões como a reestruturação do MERCOSUL, a interferência política na Venezuela e acordos econômicos guiados pela política liberal de Paulo Guedes e Macri.

Em defesa da soberania e da solidariedade latino-americana, movimentos sociais, sindicatos, intelectuais, partidos políticos e movimentos culturais se reúnem para dizer não ao autoritarismo, ao militarismo e às várias declarações racistas, machistas, homofóbicas expressas por ambos presidentes.

No chamado divulgado hoje nas redes sociais, anunciam “Enche-nos de vergonha e de indignação essa visita, não só pelo ódio que Bolsonaro manifesta quando fala de mulheres, afrodescendentes, LGBTs, migrantes e trabalhadores em geral, mas também por vemos que, na prática, o seu governo está levando o nosso país vizinho para o pior futuro possível.”

Criticam ainda algumas das medidas já tomadas pelo presidente como o desaquecimento da economia, a precarização do trabalho, os cortes na educação e saúde, o entreguismo dos recursos naturais paras empresas privadas, o extermínio dos povos indígenas e da população negra, além de toda cultura do ódio instigada pelo governo quando o próprio presidente nega os crimes contra a humanidade como as torturas cometidas nas ditaduras latino-americanas. Para os movimentos que organizam o ato, Bolsonaro coloca em situação alarmante a continuidade democrática de um dos países com maior peso da América Latina.