A restrição vale a partir das 18h desta quarta-feira (28) até 2 de janeiro

Esplanada dos Ministérios. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Acatando um pedido da equipe de transição do governo Lula, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o porte de armas no Distrito Federal no período da cerimônia de posse do presidente diplomado. A restrição vale a partir das 18h desta quarta-feira (28) até 2 de janeiro.

A decisão do ministro inclui também a proibição do transporte de armas e munições por CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores). Quem desrespeitar a medida responderá pelo crime de porte ilegal de armas.

A medida não se aplica aos membros das Forças Armadas, integrantes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), membros da Polícia Legislativa e Judicial e empresas de segurança privada e de transporte de valores.

A decisão também ordena que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o diretor-geral da PF, o comandante da Polícia Militar e o delegado-geral da Polícia Civil, ambos do DF, sejam notificados e adotem “todas as medidas cabíveis para o integral cumprimento da decisão”.

Reforço

A Polícia Federal (PF) informou nesta quarta-feira (28), que designou mais de mil agentes para a operação de segurança da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A corporação divulgou um comunicado em que afirma que o grau de proteção e o aparato de segurança colocados à disposição de cada autoridade confirmada na solenidade obedecerão a esquemas traçados a partir de análises de risco.

“Novos fatos sempre são levados em consideração e, se necessário, podem levar a eventual majoração da proteção e a readequações no planejamento operacional, o qual é dinâmico”, diz a nota.

A PF também informou que acompanha as manifestações em curso desde o segundo turno das eleições e que vem atuando de “forma preventiva e repressiva”.

Desde a vitória de Lula no segundo turno, apoiadores de Bolsonaro inconformados fecharam rodovias, organizaram acampamentos próximo a instalações das Forças Armadas, vandalizaram carros e ônibus no Distrito Federal e chegaram a colocar uma bomba próximo a um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília.

“Diversos relatórios estão sendo produzidos, servindo de assessoramento aos dirigentes, a fim de proporcionar a tomada de decisões para a manutenção da ordem pública”, afirma a corporação.

A Polícia Federal faz parte do Centro Integrado de Operações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que coordena o trabalho das forças de segurança para a posse de Lula.

Com informações do UOL e Agência Estado

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