Tenente-coronel Mauro César Cid, um dos homens mais próximos do presidente, é investigado pela Polícia Federal por depósitos e saques suspeitos

Bolsonaro recebendo informação do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid. Foto: Reprodução/YouTube

A Polícia Federal investiga transações consideradas suspeitas para pagamento de gastos de Jair Bolsonaro (PL), de sua esposa, Michelle Bolsonaro, e de pessoas do convívio íntimo dela.

Com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF quebrou o sigilo bancário do assessor mais próximo da presidência, que exerce a função de ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid.

A Polícia Federal (PF) informou ter descoberto mensagens escritas, de áudio e fotos no celular do militar consideradas suspeitas, referentes a depósitos fracionados e saques em dinheiro destinados à família de Bolsonaro.

Conforme informações do jornal Folha de S. Paulo, os agentes federais querem entender porque operações incomuns e envolvendo dinheiro em espécie estaria sendo usados para custear gastos que legalmente poderiam ser quitados com a verba pública disponível nas contas do órgão do Planalto.

A Folha informa que o Gabinete da Presidência da República, por meio de sua assessoria de imprensa, nega qualquer irregularidade nos procedimentos, alegando que todos os pagamentos e movimentações foram realizadas nas contas particulares de Jair Bolsonaro.

As ações são parte de um inquérito policial no âmbito do caso do vazamento de investigações sobre um suposto hacker que fazia acusações contra o TSE por conta do sistema de urna eletrônicas e, de acordo com a PF, não há acusações por ora.

O tenente-coronel Cid passou a ser investigado no inquérito do hacker por atuação direta nos supostos vazamentos de informações do caso envolvendo a Justiça Eleitoral, mas acabou despertando a suspeita dos agentes pelas transações financeiras incomuns em nome de Bolsonaro.

Segundo a reportagem da Folha, funcionários da Ajudância de Ordens da Presidência da República, chefiada por Cid, trocavam comprovantes de pagamentos de boletos, como de um plano de saúde de um familiar do presidente, assim como depósitos em nome de uma tia de Michelle Bolsonaro que ficaria encarregada de cuidar da filha do casal na ausência deles.

Com informações do Jornal Folha de S. Paulo

Leia mais:

Levantamento aponta 65 documentos com sigilo de 100 anos no governo Bolsonaro

Família Bolsonaro compra 51 imóveis com dinheiro vivo

Randolfe recorre ao plenário do STF para apurar compra de imóveis do clã Bolsonaro