As mulheres elegíveis para participar do programa são aquelas matriculadas regularmente em cursos reconhecidos pela CAPES
Foto: Adriano Machado/Reuters
A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou o programa “Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência”, que oferecerá bolsas de doutorado e pós-doutorado no exterior exclusivamente para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas.
O programa, resultado de uma parceria entre o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ministério das Mulheres, o Ministério dos Povos Indígenas e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), receberá um investimento de R$7 milhões. A estimativa é de que sejam concedidas aproximadamente 45 bolsas de doutorado sanduíche e pós-doutorado no exterior.
As mulheres elegíveis para participar do programa são aquelas matriculadas regularmente em cursos reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), bem como aquelas que concluíram programas de pós-graduação reconhecidos pela CAPES em qualquer área de conhecimento.
A ministra Anielle Franco ressaltou a importância da iniciativa em seu discurso: “Neste mês de julho, celebramos o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, também lembramos o nascimento de Marielle Franco, e é maravilhoso estarmos aqui reunidas neste café, que será o primeiro de muitos”.
O anúncio oficial do programa está marcado para o dia 20 de julho, em Belém (PA), onde serão divulgados mais detalhes sobre as inscrições e os requisitos para participação.
Além do programa “Atlânticas”, o Ministério da Igualdade Racial também está focado em promover a educação e o intercâmbio cultural. Em breve, será assinado um protocolo de intenções com a Universidade de Brasília (UnB) para oferecer bolsas de mestrado a sete estudantes no programa de pós-graduação em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais.
Outra iniciativa relevante anunciada pelo ministério é o “Caminhos Amefricanos – Programa de Intercâmbio Sul-Sul”, que tem como objetivo compartilhar conhecimentos, experiências e políticas públicas para combater o racismo no Brasil. Esse programa oferecerá experiências de curta duração no exterior, em países africanos, latino-americanos e caribenhos. O lançamento está previsto para o dia 31 de julho, no Maranhão.