Filme explora o comportamento nocivo de Bolsonaro, a partir do olhar do casal Fernando Grostein e Fernando Siqueira, diretores da produção
Filme revela a masculinidade catastrófica e frágil de Jair Bolsonaro, sob
o ponto de vista de um casal LGBT. Foto: Divulgação / Pôster “Quebrando Mitos”
Após o enorme sucesso com o documentário “Quebrando o Tabu” (2011), o cineasta Fernando Grostein Andrade volta a apresentar um novo projeto, desta vez, dirigido ao lado do marido, o ator e cantor Fernando Siqueira. “Quebrando Mitos”, filme que revela a masculinidade catastrófica e frágil de Jair Bolsonaro, sob o ponto de vista de um casal LGBTQIAP+, estreia nesta sexta-feira (16), às 18h.
No documentário, o casal, junto à diretora finlandesa Claudia Virkke, disseca a trajetória e o machismo do governante. O filme parte da própria experiência de Fernando Grostein Andrade, a partir das intimidações que sofreu ao realizar o documentário “Quebrando o Tabu” e quando assumiu a sua orientação sexual na internet no vídeo “Cê já se sentiu um ET”. A escalada de ameaças chegou ao limite quando Andrade começou se posicionar contra o então candidato à presidência Jair Bolsonaro. “Se continuar a falar de política, o seu velório será com caixão lacrado”, dizia o recado anônimo que culminou em seu autoexílio na Califórnia, em 2019.
O documentário traça um paralelo entre a vida de Andrade e a de Bolsonaro, alternando material de arquivo com novas imagens e entrevistas com políticos, jornalistas, pensadores, líderes sociais e ativistas, além de amigos de infância e pessoas próximas ao presidente em exercício.
“Masculinidade não precisa ser catastrófica. É importante dizer que isso não é uma crítica ao masculino, afinal sou um homem gay. Não estou falando que os homens não têm que participar do poder. Estou dizendo que o poder precisa ser dividido – cabe mais gente. Quando todo mundo olha uma coisa pelo mesmo lado, todo mundo só enxerga o mesmo ângulo. Quem perde é a sociedade, porque eliminamos assim a inteligência coletiva”, afirma Fernando Grostein Andrade (via assessoria).
“Grande parte dos LGBTQs têm uma família conservadora e vice-versa. Debater é sempre bom, porém é fundamental qualificar o debate. Para o filme, fizemos uma ampla pesquisa, bem como uma profunda reflexão, e é essa a nossa contribuição às famílias e eleitores”, complementa.
O filme ficará disponível no site oficial da produção, assista clicando aqui.