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Neste 14 de março, completa 4 anos a morte de Marielle e Anderson, um crime que assustou e causou comoção e revolta em todo o país. Em diversas cidades do mundo, o caso tem gerado grandes manifestos por justiça e pelo avanço das investigações: “Quem mandou matar Marielle e por quê?”. Até hoje a pergunta permanece sem respostas.

“Nestes quatro anos, passamos pelo luto coletivo, pela luta contra a Covid e o negacionismo. Passamos por eleições presidenciais, por eleições municipais e este ano vamos entrar em mais uma disputa eleitoral que irá decidir o futuro da democracia brasileira”, escreveu o Instituto Marielle Franco.

Funcionando desde 2019, o Instituto foi criado pela família de Marielle para “inspirar, conectar e potencializar mulheres negras, LGBTQIA+ e periféricas a seguirem movendo as estruturas da sociedade por um mundo mais justo e igualitário”. O órgão divulgou uma chamada para que ativistas de todo mundo possam fazer ações em defesa da justiça e memória de Marielle. Em todo o Brasil e em várias partes fora do país são esperados atos, performances, rodas de conversa, intervenções e outras agendas por justiça a Marielle e Anderson.

No Rio de Janeiro, cidade onde Marielle foi assassinada, o Circo Voador será palco do “Festival Justiça por Marielle e Anderson”, a partir das 16h, com presença de Karol Conká, BK, Lellê, Juçara Marçal, Doralyce, Abronca, Marina Iris, Jéssica Ellen, DJ Tamy, MC Martina, MC Zuleide, Laris, Som de preta, Baque Mulher e Bloco Malunguetú. O evento terá ainda oficinas e roda de conversa.

Durante o domingo, atos do 14 de março já puderam ser visto em outras partes do mundo. Genebra, por exemplo, reuniu brasileiros, representantes de organizações da América Latina, sindicalistas e representantes de partidos de esquerda suíços em frente a sede das Nações Unidas para exigir justiça por Marielle e Anderson. Eles também lembraram outras vítimas do racismo no Brasil e no mundo.

O ato foi realizado pelo Comitê Lula Livre Genebra e Coletivo Grito, com apoio de  Instituto Marielle Franco (BR), Ensemble à Gauche (CH), SolidaritéS (CH), PS (Partie Socialiste, CH), Journal HebdoLatino (CH), Bloc Solidarité Amerique Unie (CH) e Comitê pela Democracia no Brasil (Zurich, CH).

Confira neste link o mapa com a programação colaborativa cadastradas a partir da chamada do Instituto Marielle Franco. Na página, também é possível cadastrar novas ações planejadas para o mês de março.