Tema deste ano é “pelo fim do extermínio do povo preto e dos povos originários”

Marcha da Maconha em Brasília. Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Com o grito “pelo fim do extermínio do povo preto e dos povos originários”, a Marcha da Maconha DF 2023 já tem data marcada para tomar as ruas da cidade. O ato será realizado no domingo, dia 21 de maio, a partir das 14h, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Distrito Federal). O ponto de partida é o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, seguindo até a Torre de TV e, em seguida, volta ao Museu da República.

A Marcha da Maconha DF acontece desde 2008 e, desde então, tem chamado atenção da sociedade civil para o tema da descriminalização das drogas e do proibicionismo que, historicamente, matam, violentam e levam ao encarceramento principalmente pessoas negras e periféricas em nome da “guerra às drogas”.

No ano passado, a Marcha levantou o debate sobre a “planta livre e maconha no SUS”, levando à reflexão a necessidade urgente da consolidação de seu uso medicinal, com a valorização de uma saúde pública acessível e de qualidade, inclusive no que diz respeito ao contexto associativo de pacientes.

Em 2023, a Marcha mantém firme seu compromisso de lutar pelas liberdades individuais e coletivas, priorizando o debate sobre os recorrentes massacres ao povo negro, sobretudo nas regiões mais afetadas pela falta de direitos humanos básicos no Brasil. O ato exige ainda o fim do extermínio dos primeiros habitantes do país, os povos originários, tradicionalmente ligados a rituais e práticas ancestrais, como o uso da maconha e outras plantas medicinais.

Outras atividades

Como parte das atividades oficiais da Marcha da Maconha DF, foi realizado, no último dia 20 de abril, o 1º Seminário Antiproibicionista do DF. O evento aconteceu na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) com o objetivo de refletir sobre o atual cenário de criminalização instaurado no Brasil e discutir os efeitos da violência do Estado contra usuários.

Ainda como atividade oficial da Marcha, o coletivo promoveu, no último dia 29 de abril (sábado), a Marcha na Quebrada, na Praça do Cidadão (Ceilândia). No encontro foi realizada uma oficina de plantas medicinais, com Larissa Cordeiro, do coletiva Filhas da Terra, e a ‘2ª Batalha da Marafa’, que reuniu diversos Dj’s e MC’s para uma batalha de rimas.