Este ano, os participantes também pretendem intensificar a pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), que está a apenas um voto de decisão para a descriminalização da cannabis

Foto: Mídia NINJA

Após o Carnaval, a agenda de mobilizações já está se aquecendo em diversas partes do Brasil. Entre os eventos mais aguardados está a Marcha da Maconha, que tradicionalmente ocorre em diferentes cidades do país. Este ano, São Paulo e Rio de Janeiro já anunciaram as datas de suas respectivas marchas.

A capital paulista, conhecida por sediar uma das maiores manifestações, promete reunir novamente uma multidão em prol da legalização da cannabis. Marcada para o dia 16 de junho, a Marcha da Maconha em São Paulo se destaca como um importante espaço de debate e reivindicação pelos direitos dos usuários, cultivadores e pacientes.

No entanto, a mobilização vai além da luta pela legalização. Este ano, os participantes também pretendem intensificar a pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), que está a apenas um voto de decisão para a descriminalização da cannabis. A expectativa é de que a presença maciça nas ruas contribua para sensibilizar os ministros e acelerar esse processo histórico.

Foto: Pablo Vieira Sobral | Marcha da Maconha São Paulo 2019

No Rio de Janeiro, a Marcha da Maconha está agendada para o dia 4 de maio. Assim como em São Paulo, a mobilização carioca é vista como um importante momento de união e resistência, onde os manifestantes reivindicam não apenas a legalização, mas também o fim da criminalização e da violência associada à guerra às drogas.

É importante destacar que, apesar da legitimidade das marchas, no ano passado diversos municípios pelo país tentaram criminalizar o evento, buscando proibi-lo. No entanto, desde 2011, o STF reforçou que se trata de uma manifestação legal e pacífica, garantindo o direito de expressão dos participantes.