Mensagens foram encontradas no celular do tenente Rafael Pereira Martins, outro policial que foi preso em fevereiro

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O major da Polícia Militar (PM) Flávio Silvestre Alencar foi preso pela segunda vez durante a 12ª fase da operação “Lesa Pátria”, realizada pela Polícia Federal (PF).  Em uma conversa em um grupo de militares, ele deu a seguinte ordem: “Na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso”. Essa mensagem foi enviada em 20 de dezembro, antes dos ataques terroristas ocorridos em 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes da República foram vandalizadas.

Essas mensagens foram encontradas no celular do tenente Rafael Pereira Martins, outro policial que havia sido preso em fevereiro durante a 5ª etapa da investigação. Na ocasião, Flávio também foi detido pelos investigadores.

A conversa ocorreu no grupo “Oficiais PMDF” e envolvia discussões sobre possíveis manifestações em Brasília.

Em determinado momento da conversa, Flávio mencionou que, em caso de protestos, era melhor permitir a invasão do Congresso Nacional. No final da mensagem, ele acrescentou “kkk”.

Essa mensagem serviu de base para a prisão do militar na terça-feira (23). A Polícia Militar emitiu um comunicado informando que não irá comentar o caso.

No dia 8 de janeiro, Flávio foi flagrado por uma câmera de segurança em um veículo da corporação, escoltando outros carros para fora da área de contenção que impedia os apoiadores do presidente de se aproximarem do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

Naquele dia, o major estava comandando o 6° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela segurança da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios, enquanto o titular estava de férias. Flávio já havia sido preso em fevereiro, durante a quinta fase da operação.

Segundo a Polícia Federal, o major aparece em imagens capturadas pela Polícia Judicial do STF. No vídeo, é possível vê-lo saindo do carro, indo em direção à Tropa de Choque e fazendo um sinal para que os policiais se retirassem do local.

Imediatamente, os militares entraram nos veículos e deixaram o local. Cerca de dez minutos depois, os agressores avançaram em direção ao Supremo Tribunal Federal sem encontrar resistência.

*Com informações do G1 e Fórum