Um dia após a invasão da sede dos três poderes em Brasília, no último domingo (8), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (9), que mais de 1,5 mil pessoas foram presas ou detidas sob acusação de ato terrorista e outros crimes durante o movimento golpista. As investigações estão sendo realizadas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Distrito Federal. O ministro falou durante uma coletiva de imprensa na sede do ministério. “Golpistas, terroristas, criminosos em geral não obtiveram êxito na ruptura da lei, da legalidade”.

“Foram realizadas perícias nos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, perícias essas visando os inquéritos e também para promoção da responsabilidade civil, ou seja, laudos dimensionando os danos serão encaminhados para Advocacia-Geral da União para que cobre indenização de danos materiais, alguns irreparáveis, em relação ao patrimônio histórico”, disse Dino.

Dino também afirmou que o contingente da Força Nacional foi ampliado e agradeceu aos governadores pelo envio de militares. Para o ministro, esse gesto é uma atitude da força da democracia diante de ataque às instituições.

Em relação a tentativa da continuidade dos atos golpistas, o ministro afirmou que no início da noite de ontem, nove rodovias federais registraram bloqueios, mas que foram desmobilizadas com a chegada de policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na manhã dessa segunda, de acordo com Dino, nenhuma rodovia registrava bloqueios.

De acordo com balanço da PRF, foram apreendidos 40 ônibus, inclusive em deslocamento, e em um desses ônibus foram encontradas armas de fogo, o que, para o ministro, é um sinal de preparação para atos de violência.

Sobre o número de prisões, foram 209 em flagrante, que está em atualização, e neste momento estão sendo ouvidas 1,2 mil pessoas na Academia Nacional de Polícia, em Brasília. 50 equipes foram montadas para dar encaminhamento jurídico para cada caso.

O ministro destacou a abertura do canal direto de denúncia, por meio do e-mail [email protected], e que já recebeu mais de 13 mil denúncias até o momento. O objetivo é atingir os financiadores e organizadores dos atentados.

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