O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, neste domingo (8), durante anúncio ao vivo, a intervenção federal no Distrito Federal após invasão antidemocrática nos prédios dos Três Poderes em Brasília ocorrida por manifestantes bolsonaristas. A ordem vale até 31 de janeiro de 2023.

Na ocasião, Lula disse que os invasores são “verdadeiros vândalos, que destruíram o que viram pela frente. Nós poderíamos chamar de fascistas fanáticos, e fizeram o que nunca foi feito na história desse país”. Ele afirma ainda que nem durante a chamada luta armada no Brasil, invasões e ataques contra o patrimônio público haviam sido feitos no país. “Vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e todos eles pagarão com a força da lei”, afirmou durante o pronunciamento.

Conforme o decreto lido ao vivo pelo presidente, o objetivo da ação é “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública”. O decreto nomeia Ricardo Garcia Cappelli para o cargo de interventor.

“O interventor fica subordinado ao Presidente da República e não está sujeito às normas distritais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção”, diz o decreto.

A intervenção será comandada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, subordinado diretamente à Presidência da República. “O interventor poderá requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais necessários a quaisquer órgãos”, acrescentou Lula.

O presidente está em Araraquara, no interior de São Paulo, onde acompanhava as áreas atingidas pelas fortes chuvas no local. Ele afirmou que voltaria a Brasília para visitar as instalações atingidas pelos terroristas.