O filme, dirigido por Alexandre Machafer, retrata a vida do santo mais popular do cristianismo

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Por Nathalin Gorska

A história de Jorge, apresentada no filme, leva o espectador ao ano de 303 D.C, quando o então imperador romano Diocleciano começa uma ‘cruzada’ para quem proclama a fé cristã. 

Jorge, que até então era soldado do exército romano, foi condecorado como capitão. Ao se deparar com as ordens de Diocleciano, Jorge entra na sua jornada do herói: deveria obedecer às ordens do imperador romano e abandonar a sua fé ou lutar para que a fé dos cristãos pudesse ser propagada?

É por meio dessa narrativa que o filme permeia a história de quem futuramente seria conhecido como São Jorge, figura representativa em países como Brasil, Espanha, Rússia, Inglaterra (o que é padroeiro) entre vários outros.

Além de ser adaptado para os cinemas, o longa também teve sua história apresentada no livro “Jorge da Capadócia: os bastidores do primeiro filme sobre o santo guerreiro”, que foi escrito pelo diretor do filme, Alexandre Machafer, e pela jornalista Crib Tanaka.

Ao abordar uma figura tão representativa como um dos santos mais conhecidos do cristianismo, a equipe do filme mostrou que não se baseou somente em pesquisas históricas, mas também abordou a narrativa de forma que a fé daqueles que acreditam nos feitos de Jorge não fosse desrespeitada.

Tal feito já era esperado por uma equipe acostumada a trabalhar com obras relacionadas à religião, o diretor, Alexandre Machafer, também foi o responsável pelo filme “O Filho do Homem”, de 2019, que foi bem recebido por parte do público, ao abordar uma visão mais humanista de Jesus. 

Apesar das dificuldades que o cinema nacional encontra, seja por falta de incentivos culturais, desinteresse do público por obras que se afastem do mainstream ou por orçamentos baixos, Jorge da Capadócia parece ultrapassar a barreira de filmes que contam uma narrativa repetida, mas aborda uma história até então inédita nos cinemas do soldado guerreiro.

Outro ponto que se destaca na história é a inclusão de figurantes refugiados, trazendo novos olhares sobre até onde o idioma impede o trabalho de artistas estrangeiros, como é contado no livro “Jorge da Capadócia: os bastidores do primeiro filme sobre o santo guerreiro”. 

O filme chegará aos cinemas no dia 18 de abril, data de estreia próxima ao dia de São Jorge, que ocorre no dia 23 de abril.

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