Nesta terça-feira (31) será o último dia do período de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. A partir de quarta-feira (1º), o controle voltará ao GDF — no mesmo dia em que deputados e senadores serão empossados e o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará os trabalhos na Corte.

Durante a intervenção, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e escolhido como interventor pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi responsável por “reorganizar” a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) após os atos de 8 de janeiro. Em seu relatório, como foi divulgado pela Mídia NINJA, Capelli aponta forte omissão de policiais militares nos acontecimentos do dia 8 de Janeiro, além de parte do alto comando da PM do DF.

Capelli afirmou que os policiais com mais experiência não foram convocados para atuarem durante os episódios da invasão. O interventor também atribui ao ex-secretário de segurança do DF, Anderson Torres, a responsabilidade de esvaziar cargos nas forças de segurança que provocaram desmobilização das tropas. Anderson está preso no DF, acusado de envolvimento com os atos terroristas.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ricardo avaliou que a função da intervenção foi “totalmente cumprida”. Durante o período em que esteve na chefia, ele trocou comandos da SSP e liderou a operação responsável por prender os manifestantes que estavam na Praça dos Três Poderes e no acampamento bolsonarista no QG do Exército em Brasília.

Foto: reprodução/TV Senado

Posse de deputados e senadores

O interventor federal na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, fez uma revisão, ontem, das medidas de proteção que serão adotadas para a posse de deputados federais e senadores, marcada para amanhã. O evento ocorre sob a sombra dos ataques terroristas de 8 de janeiro, em que os prédios dos Três Poderes foram depredados.

Para a posse dos congressistas, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Esplanada deve ficar totalmente fechada.

“Não acreditamos que haverá manifestações dessa natureza, de centenas ou de milhares de pessoas. Porém, a estas alturas, tendo em vista o extremismo de pequenos segmentos sociais, a prudência indica que esse deve ser o caminho”, declarou.

*Com informações do CB e Metrópoles