Decisão de colocar em sigilo as visitas partiu do próprio GSI, comandado pelo ex-general da reserva, de extrema direita, Augusto Heleno

Foto: Presidência da República

O governo Lula vai retirar o sigilo do registro de visitas realizadas no Palácio da Alvorada. A informação é do jornalista Paulo Capelli, do Metrópoles. A decisão de colocar em sigilo as visitas partiu do próprio GSI no dia 1º de janeiro, desde lá, o órgão que foi aparelhado pela gestão Bolsonaro, teve sua composição alterada.

“O GSI da Presidência da República está envidando esforços para alterar a forma de identificação dos registros de entrada nas residências oficiais e, assim, atender as solicitações demandadas”, informou o órgão.

Duramente criticado durante a campanha eleitoral, o sigilo que Jair Bolsonaro impôs a assuntos relevantes para a sociedade brasileira foi alvo de ação imediata nos primeiros dias de governo Lula, com a revogação de segredos envolvendo o ex-ministro e atual deputado Eduardo Pazzuelo, por exemplo, no caso em que ele foi até um comício político de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, descumprindo o regimento militar.

A mudança, no entanto, foi particularmente diferente quando se tratou do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o GSI. O órgão era comandado pelo ex-general da reserva Augusto Heleno. Dezenas de servidores ligados ao órgão, que possuía status de ministério no governo Bolsonaro, foram flagrados nos acampamentos golpistas que levaram à invasão de Brasília, no dia 8 de janeiro.

No dia 30 de janeiro, o presidente Lula nomeou 121 militares para substituírem os antigos servidores do órgão.