Ainda não há previsão para que o assunto seja debatido no Congreesso Nacional

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em uma iniciativa para reduzir a influência do bolsonarismo nas instituições de Estado, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está empenhado em acelerar a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A proposta visa obrigar militares a se desligarem das Forças Armadas ou migrarem para a reserva caso desejem disputar eleições ou assumir ministérios. Paralelamente, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, trabalha para enviar ao Congresso um projeto que proíba a filiação partidária de policiais federais.

A proposta conta com o apoio dos comandantes das três Forças Armadas e o Ministério da Defesa já elaborou um texto para a PEC, que tem sido discutida em reuniões de alto escalão do governo.

Ao mesmo tempo, o diretor-geral da Polícia Federal deseja que um projeto semelhante seja aprovado até o aniversário de 80 anos da instituição, em março do próximo ano. A proposta visa proibir a filiação partidária de agentes e delegados, a fim de evitar desequilíbrios no sistema democrático e impedir que a instituição seja usada para benefício próprio por candidatos.

De acordo com a PF, foram 24 candidaturas oriundas da corporação em 2022, contra 31 em 2018. Já um levantamento do GLOBO apontou, após o pleito do ano passado, que 56 militares da ativa se lançaram às urnas na ocasião.

Ainda não há previsão para que o assunto seja debatido no Congresso Nacional.