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O Ministério da Agricultura, da Pecuária e Abastecimento registrou nesta terça-feira (17) mais 63 agrotóxicos. Na lista publicada no Diário oficial, 19 estão na classificação toxicológica classe I (extremamente tóxicos), 10 na classe II (altamente tóxicos), 30 na classe III (medianamente tóxicos), estes três, enquadrados como produtos perigosos ao meio ambiente em relação ao potencial de periculosidade ambiental.

Ao todo, já são mais de 325 agrotóxicos liberados desde que o governo de Jair Bolsonaro tomou posse no Brasil, sendo o mais alto ritmo de liberação da série histórica do ministério, iniciada em 2005.

De 2007 a 2017 foram notificados cerca de 40 mil casos de intoxicação aguda por causa dos agrotóxicos. Quase 1.900 pessoas morreram. O Paraná, segundo maior produtor de grãos do país, é o estado com o maior número de casos relatados.

A situação dos pesticidas e herbicidas no Brasil é considerada preocupante pela comunidade nacional e internacional. O país é apontado como o maior consumidor mundial desse tipo de produto.

De acordo com o Censo Agropecuário 2017, do IBGE, 70,2% dos estabelecimentos rurais utilizam veneno regularmente. Cerca de 30% dos pesticidadas liberados no Brasil são proibidos, por exemplo, pela União Europeia.