Foto: Sam Robles

Por Marias Dias e Matheus Victor

“Não foi fácil chegar a esse ponto. Foram muitos meses de angústia e sofrimento. Apesar de tudo que eu passei, hoje me sinto capaz de denunciar as condutas abusivas que sofri dentro do futebol feminino do Barcelona”

A atleta Giovana Queiroz divulgou hoje (29) uma carta aberta ao presidente do FC Barcelona afirmando que houve uma perseguição com ela devido à sua decisão de jogar pela Seleção Brasileira.

Na carta, ela fala que o tratamento mudou muito após ela escolher defender a Seleção Brasileira. Vale lembrar que a atleta também tem cidadania espanhola e chegou a defender as cores do país na categoria de base.

“Cheguei ao clube em julho de 2020, com apenas 17 anos. Os primeiros meses foram importantes no processo de adaptação. Estava em uma boa dinâmica até que eu recebi a primeira convocação para a seleção brasileira. A partir desse momento comecei a receber um tratamento diferente dentro do clube. Primeiro recebi indicações de que jogar com a seleção brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube. Apesar de ser desagradável, não dei muita importância e atenção ao assunto. Com o tempo, eles usaram outros mecanismos para me pressionar dentro e fora do clube. Estavam me encurralando para que eu renunciasse defender a seleção. Usaram métodos arbitrários com claro objetivo de prejudicar minha vida profissional”, escreveu.

A jogadora também relata métodos para prejudicar a carreira dela, como um confinamento alegando contato por COVID-19. Devido a este afastamento, Gio ficou de fora do time que disputou a final da Copa do Rainha. Atualmente, a atacante de 18 anos está emprestada ao Levante, também da Espanha.

“Espero que o FC Barcelona cumpra com o seu papel institucional e atue de maneira consequente e transparente, investigando e denunciando os possíveis delitos às autoridades pertinentes”, disse a atleta.

Leia a carta na íntegra:

Foto: Reprodução

 

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Chegou a caçula do time!