Mesmo com salário de R$ 30 mil, Bolsonaro fez questão de torrar dinheiro público durante viagens e atos políticos

Foto: Adriano Machado/Reuters

Mesmo recebendo salário de R$ 30 mil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou mais de R$ 27,6 milhões do cartão corporativo em sorvetes, hospedagem em hotéis de luxo, cosméticos e outros itens, revelou a Secretaria-Geral da Presidência da República. Os dados estavam em sigilo e foram liberados por meio da Lei de Acesso à informação (Lai), nesta quinta-feira (12). Apesar de os dados serem públicos, o governo Bolsonaro havia colocado barreiras de acesso.

A exposição dos dados pode ajudar a investigar o rastro do dinheiro público para o uso de ações como as motociatas lideradas pelo ex-presidente.

Bolsonaro  usou cerca de 8 mil reais do dinheiro público para comprar sorvetes. Em uma única despesa foram gastos 540 reais em uma sorveteria. Durante os dias que esteve participando de uma dessas motociatas, na Serra Gaúcha, foram gastos R$ 166 mil no cartão corporativo. Em uma única sorveteria foram gastos R$ 540.

O uso do cartão corporativo é legal, mas depende. Ele não pode ser usado para gastos não fundamentais, como para comprar sorvete, por exemplo. Outra despesa aponta que o ex-capitão gastou 678 mil reais, em 1,2 mil compras, em um mercado que comercializa alta gastronomia.

Além de hospedagens e comida, os dados divulgados também apontam compras em lojas de artigos de pesca e antena parabólica, como apurou a Carta Capital.

*Com informações do Uol