Confira depoimentos de estudantes que fizeram a diferença no seio familiar com a conquista do ensino superior

Foto: Mídia NINJA

Por José Carlos Almeida, Estudante NINJA

Os Estudantes NINJA, na ocasião do 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), aproveitaram para conversar com outros jovens presentes no evento. Entre os entrevistados, estudantes de diferentes regiões do país, mas com histórias comuns: todos foram os primeiros da família a entrarem no ensino superior público.

O Congresso da UNE ocorreu de 10 a 14 de julho de 2019 em Brasília, no Distrito Federal. Realizado a cada dois anos, é o momento em que estudantes de todas as regiões do país, eleitos delegados em suas universidades, elegem a nova diretoria e presidência da UNE e debatem os rumos do movimento estudantil no país. Nesse ano, o contexto de realização do encontro trouxe à tona os ataques do governo Bolsonaro à educação e os cortes de verbas para universidades e institutos federais.

Leia abaixo um pouco do perfil de quem esteve por lá:

Letícia Andrade tem 30 anos, mora em Goiânia, cursa História no Instituto Federal de Goiás (IFG).

Foto: Hacácio Alves Santos

“Eu comecei a universidade em 2015 na PUC-Goiás (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) e tinha meia bolsa para ajudar na mensalidade. Durante essa época eu trabalhava, mas perdi meu emprego e não tinha mais condições de pagar a faculdade. Tive que trancar e surgiu a possibilidade de fazer o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) novamente.

Fiz e passei no IFG. Quando descobri que passei eu estava doente, internada no hospital, tive que segurar um pouco a felicidade dessa conquista, do que ela significou pra mim e só depois, quando entrei naquele lugar, eu vi as possibilidades que poderiam me proporcionar, tanto em relação ao ensino quanto à pesquisa e extensão, porque a universidade não fica só lá dentro, não é?

A partir daí muitas portas foram abertas pra mim e hoje não preciso mais trabalhar. Consigo me dedicar somente aos meus estudos e às organizações estudantis que a gente tem e aos projetos que participo. Inclusive, um se trata da transversalização das políticas raciais, junto com o Ministério de Direitos Humanos e é desenvolvido lá na minha instituição”

Perguntada sobre os ataques a educação, a estudante não se furta e solta logo que não sente medo da conjuntura.

“Esses ataques são mais uma razão pra botar o pé firme lá e dizer que aquele lugar é nosso, que aquele espaço é nosso, que a gente não vai sair de lá e não dá pra aceitar esse tipo de proposta que quer tirar os pretos que historicamente foram sempre colocados de lado na nossa sociedade. Depois que a gente ocupou, eles querem tirar a gente, só que a gente não vai sair!

Eu sou de uma família de mulheres, é uma família matriarcal e desde de muito nova eu aprendi que a gente tem que ir lá e lutar, tomar o que é nosso por direito, nem que seja na força que temos por dentro. Minha mãe é a figura que mais me dá força, ela é muito maravilhosa.”

Fabíolla Jéssyca dos Santos Silva tem 21 anos, é de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, assexual e cursa pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Ao ser questionada sobre como era ser a primeira de sua família a entrar no ensino superior público, Fabíolla não escondeu a emoção e passou boa parte do relato com os olhos lagrimejando.

“Eu não sei explicar como eu me senti porque a UFF é muito simbólica pra mim. Minha avó trabalhou lá anos como auxiliar de serviços gerais e hoje meu tio ainda trabalha lá por mais de 20 anos como segurança. Estar num ambiente que meus familiares só pisaram para trabalhar é estar num lugar de privilégio, sentando numa cadeira, para mim é inexplicável.

Quando eu contei para minha mãe eu estava muito emocionada, não conseguia me segurar porque você ter que optar entre estudar e trabalhar é muito difícil. E ainda vindo de uma região periférica. Para mim é muito importante estar numa universidade, ocupando aquele lugar que a gente passa, ainda mais sendo cotista.”

Perguntada sobre os ataques à educação, a estudante demonstrou sua tristeza e medo.

“Eu sou a primeira a entrar numa universidade e espero que meus filhos entrem também. Com essa possível privatização do espaço público eu sei que muitos deles podem não conseguir. Se acontecer, eu sei que eles não poderão entrar porque a gente não tem a possibilidade de pagar.

Eu nunca cogitei de fazer uma universidade particular por não ter dinheiro para pagar uma. Permanecer numa pública já é um gasto, imagine você ter que sustentar os que tem na pública mais os que tem na particular. Então tenho muito medo que esse plano vá pra frente porque eu sei que limita pessoas como eu, como meus familiares a estar nesse ambiente que deveria ser para todos.”

Fabíolla também nos contou sobre a formação de sua família.

“Meu pai fez só o primeiro grau. Minha mãe concluiu, foi a primeira pessoa a concluir o ensino médio na família dela. Eles não estão juntos, minha mãe é uma mãe solo e eu moro com ela e minha irmã. Minha mãe tem 38 anos, a minha irmã tem 19. Ela me teve com 17 anos, muito nova e mesmo assim ela continuou os estudos dela, mesmo grávida.

Pra mim já foi um avanço ver minha avó não alfabetizada, minha mãe conseguiu terminar o segundo grau e eu cheguei até a faculdade. Então é de muita importância eu poder levar um pouco do que minha mãe queria, conseguir concluir o que minha mãe queria e ir além do que ela foi. Eu acredito muito numa geração que foca na educação, numa militância em que a prioridade são a educação, a periferia, são as pessoas periféricas.”

Nossa terceira entrevista foi com a estudante Liandra Peregrina da Silva Mesquita, tem 20 anos, é bissexual e cursa História na Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Natural do Estado do Acre, Liandra mora em São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro. Liandra nos contou que a entrada no ensino superior público em sua família foi em dobro.

“Eu e minha irmã passamos no mesmo ano para faculdade. Foi uma felicidade muito boa porque nós fomos as primeiras. Ainda mais porque minha mãe foi empregada doméstica, ela não teve oportunidade de estudar, ela criou os filhos sozinha. Naquele momento, pra gente ter pela primeira vez duas pessoas que vieram também de uma extrema pobreza, porque nós vivíamos numa extrema pobreza lá no Acre, cursando agora as duas, cada uma nas melhores universidades do Estado, foi uma coisa realmente surreal.”

Perguntada sobre os ataques à educação, Liandra apontou a necessidade de fortalecer o trabalho de mobilizações dentro das universidades.

“Eu acredito que o primeiro de tudo: a gente tem que continuar a fazer nossas mobilizações e tentar ganhar essas pessoas da nossa universidade. Tem muita gente que pode ser levado pela ideia dessa privatização porque eles falam que ‘vamos cobrar dos mais ricos’ , pode ter gente que vai concordar com isso. Mas eu acho que nosso papel enquanto estudante militante que defende a universidade é conversar, conscientizar e arrastar todos os alunos. E não só os alunos, todas as famílias, para elas entenderem o que está por trás desse projeto de privatização, que é impedir, erradicar as classes mais pobres da universidade.”

Ao passarem na universidade pública inspiraram também a própria mãe.

“Ela tinha ensino médio completo e agora ela está fazendo o curso de técnica em enfermagem. Isso foi uma coisa que influenciou muito em casa porque ela viu que nós duas termos conseguido. Enfim, ela se animou também para correr atrás, que não era tarde, que ela podia também ainda ter uma profissão com mais seguridade, com mais dignidade também.”

Nosso quarto entrevistado foi o estudante Matheus Rodrigues José Silva. Ele tem 24 anos, cursa Engenharia Florestal na Escola de agronomia da Universidade Federal de Goiás.

Matheus Rodrigues. Foto: CUCA UNE

Zuza como gosta de ser chamado contou que entrar na universidade pública foi a realização de um sonho.

“Foi a realização de um sonho, não só meu. Um sonho do meu pai que não pôde estudar porque teve que trabalhar muito cedo, que não concluiu nem o ensino médio. Acho que o sonho da minha mãe que nunca imaginou estar em um espaço desse, nunca se viu, mas sempre projetou que os filhos dela um dia poderiam estar dentro desse espaço.

Acho que a universidade é a concretização de um sonho não só meu mas da minha família, das gerações passadas, acho que é o sonho do meu avô. Meu avô fala isso. Meu avô é uma pessoa que nunca estudou mas sempre disse que o sonho da vida dele é que seus netos, os filhos deles, tivessem as oportunidades que eles não tiveram. Como diz no Nordeste: ‘Virá Doutor’.”

Sobre os ataques a educação Zuza demostrou preocupação, pois a UFG, universidade em que ele estuda, soltou nota na última semana informado que pode não abrir as portas no segundo semestre mediante os cortes na Educação.

“Minha universidade soltou uma nota 4 dias atrás falando que o corte da verba de custeio chegou a 69%, corte realizado pelo Ministério da Educação, por esse ministro que nem sei pronunciar o nome. A tentativa deles pra além do desmonte da Educação, da falta de estratégia nacional, de não ver o papel do ensino é importante pro desenvolvimento nacional, pra economia.

Para além disso, eu acho que ele quer acabar com o sonho da juventude. Ele quer que a juventude não tenha mais perspectiva. Hoje o jovem tem perspectiva, hoje o jovem estuda e sonha, quer ser um engenheiro, quer ser um médico, quer ser um enfermeiro, quer ser um advogado, enfim, quer ser um artista visual, um artista plástico, que ser um ator, uma atriz. Esse é o panorama da luta hoje, a gente tem uma geração de vários jovens que são os primeiros a entrar na universidade e agora vamos ser a geração que vai lutar para não sermos os últimos na universidade pública.”

A nossa quinta entrevistada foi a maranhense Sara Vitória de Sousa Fontinele, com 27 anos. Ela estuda História na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão.

Sara Fontinele. Foto: Hacácio Alves Santos

Ela mora em Imperatriz, é lésbica e mãe da Clarice Fontinele de 5 anos. Infelizmente a mãe de Sara não pôde vê-la entrar na universidade pública.

“Eu primeiro entrei no cursinho popular da UEMA que hoje se tornou UEMASul. Foi 1 ano assim, fazendo toda uma preparação para a universidade. Havia toda uma expectativa que eu conseguisse uma vaga. E aí foi um momento muito importante porque eu estou finalizando o curso agora. Vou entrar no 8° período. E entrei um pouco tarde na universidade. Assim, com 24, 25 anos, onde a maioria dos jovens já está concluindo. E eu vou estar finalizando a minha com 27, 28 anos. Então sou a primeira da minha família mesmo com as essas dificuldades de ter que sempre trabalhar antes, coincidir o estudo com o trabalho.

Eu também tenho uma filha de 5 anos. Eu lembro que quando eu comecei a estudar no cursinho popular a minha filha era bebezinha. E algumas provas que eu fiz (ENEM, de vestibular), ela sempre estava comigo, me acompanhando. Minha mãe sempre me ajudou com isso também. E ter a minha filha na minha vida me fez lutar um pouco mais para tentar entrar no ensino superior. A presença dela na minha vida foi um incentivo maior para eu correr atrás de entrar em uma universidade.

Minha mãe não soube. Apesar de ter passado por todo o processo de me ajudar com a minha filha para eu poder ir para o cursinho, ela não me viu entrar na universidade. Ela fez até a quinta série. E por questões de saúde pública, por uma falta de saúde pública, uma questão banal, ela acabou falecendo por falta de UTI no hospital.”

Sara não chegou a conhecer seu pai. Ao ser questionada sobre a onda de ataques à educação protagonizada pelo governo Bolsonaro, ela afirma não desistir de lutar.

“É preocupante, tanto que a gente está aí para defender o máximo possível que for a educação pública, não vamos desistir. Tanto que depois que eu entrei na universidade, outros dois primos meus conseguiram passar. Então, a gente vê que se acontecer mesmo todos esses cortes nos direitos vão afetar oportunidades dos jovens negros da periferia. Vai ficar muito mais complicado. Se hoje a gente consegue ver jovens na universidade é porque direitos mínimos foram garantidos. E se a gente perde esses direitos mínimos, a gente elitiza muito esse espaço que tem que ser plural.”

Luciana Rodrigues de Oliveira de Goiânia é a nossa sexta entrevistada, ela estuda Direito na Universidade Federal de Goiás.

Luciana Oliveira. Foto: Hacácio Alves Santos

Ela tem 21 anos e é a primeira da família a entrar no ensino superior público. Ela conta que ter estudado o ensino médio no Instituto Federal de Goiás contribuiu significativamente para que ela entrasse na UFG.

“Ingressei na Universidade em 2016. E eu fui a primeira da minha família a ingressar na Universidade Pública. Eu passei pelo Sisu, que era única modalidade de ingresso na época pra UFG. E eu acredito que em grande medida o fato de eu ter conseguido ingressar na UFG foi o fato de eu ter estudado no IFG antes. O meu Ensino Médio foi no Instituto Federal de Goiás (IFG) e que me possibilitou ter um ensino melhor, um ensino de qualidade, porque o colégio onde eu estudei durante todo o meu Ensino fundamental também era um colégio público, mas que tem uma qualidade inferior ao colégio federal, aos institutos federais.

E pra minha família foi uma grande alegria. Era uma coisa que poucas pessoas esperavam. A maior parte das pessoas que fizeram o ensino fundamental comigo não tiveram a oportunidade de ingressar nem sequer na universidade privada, quanto mais pública. E foi muita alegria pra mim e pra minha família ter essa oportunidade.”

Em relação à formação de seus pais, Luciana conta que ambos não concluíram o ensino médio. Seu pai é feirante e sua mãe copeira em uma empresa terceirizada em Goiânia. Sobre os cortes e ataques à educação, ela não escondeu sua preocupação.

“É muito preocupante a gente ver que medidas autoritárias e unilaterais estão sendo tomadas para o fechamento das universidades públicas. A gente viu que já houve o congelamento de mais de 30% dos cortes. Em 2016 a gente já tinha uma emenda constitucional que paralisava o orçamento público pra educação, pra saúde, mas agora a gente vê uma medida totalmente antidemocrática e que fera a autonomia universitária, que é um novo modelo de orçamento para as universidades públicas, onde vai permitir que as universidades públicas cobrem mensalidades, taxa pra inscrição, pra retirada de documentação. E isso fere totalmente a autonomia da Universidade e fere o caráter público da universidade. É muito perigoso a gente começar a cobrar, ainda que seja dos estudantes com uma renda maior, porque com o tempo isso vai se alastrar para todos os estudantes.”

Luiz Victor da Silva Oliveira foi nosso penúltimo entrevistado. Com 19 anos, ele cursa História na Universidade Estadual do Piauí.

Diferente dos demais ele conta que seus país não enxergam a universidade pública como ele enxerga.

“Cara, primeiro foi uma felicidade, né? Porque ter um neto, um filho na universidade, sendo que você não teve condição de estudar, minha avó não teve o mínimo acesso à educação, minha mãe conseguiu terminar o ensino médio esse ano. Para eles foi uma vitória. Porém tem o outro lado da moeda. Pra eles a universidade não é tão importante assim. Eles não conseguem entender a importância da universidade, que a universidade consegue me proporcionar e de certa forma eles acabam desvalorizando por não conhecer, por não ter esse acesso à educação, por não ter esse acesso à informação, acabam desvalorizando uma instituição que ajuda milhares pessoas pelo Brasil inteiro.”

Em relação aos ataques a educação, Victor prefere não pensar no pior.

“Eu não quero nem pensar no pior, na moral, eu agradeço muito ao meu crescimento, tanto individual, quanto no coletivo. Eu devo ao que eu consegui absorver da universidade e o quanto a universidade pode abrir meu campo de visão, porque quando a gente está no ensino fundamental / médio a gente fica com a mente fechada, sem abrir para novas visões de mundo.

Para além do conhecimento acadêmico, a universidade é uma lição de vida, é mais que estar na sala de aula, é mais que sentar e fazer atividades acadêmicas. Tem a questão do convívio que você tem com as pessoas, tem uma troca de experiências muito massa. Eu não quero nem pensar em ser um dos últimos, eu quero que todo mundo tenha essa felicidade que eu tive quando passei, em ser mais um preto, mais um pobre que saiu lá do Nordeste, lá do interior do Piauí, e conseguiu entrar em uma Universidade, coisa que muita gente que falava que eu não ia conseguir fazer.”

Nosso último entrevistado é Odiney Souza da Paixão, natural de São Paulo capital, atualmente mora em Goiânia, é estudante de Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Goiás.

Odiney Paixão. Foto: Hacácio Alves Santos

“Entrar na universidade pública já era algo praticamente planejado pela minha família. Eu não sou de Goiás, sou de São Paulo. Nasci lá na capital mesmo. Morei e cresci na favela. E até no meu próprio ambiente não era muito comum as pessoas terem o intuito, terem a visão, de entrarem no ensino superior, muito menos ensino superior público. Com esse incentivo que eu tive dos meus pais e por eu ter um desempenho, até de certa forma bom na escola, eu pude ter acesso a algumas escolas que não eram pra dentro da favela, eram mais pro centro da cidade tal. E a gente sabe, né? As escolas de periferia, a galera é treinada ali pra entrar no mercado de trabalho, não pensam no ensino superior.

Já nas escolas centrais a galera já é focada para entrar dentro do ensino superior. Então eu fui praticamente moldado nesse tipo de visão, a entrar no ensino superior. Então apesar da minha família não ter esse histórico de ter ensino superior, tem nada, eu tive esse privilégio de ter tido a oportunidade de estudar nessas escolas até ingressar no ensino superior. Então foi bastante proveitoso assim. E foi espanto, né? A alegria da família, só que algo que avalia como um privilégio que eu tive, que meus irmãos e a galera da minha família não teve.”

Sobre os ataques do governo a educação, o estudante aponta que derrubar a reforma da previdência pode enfraquecer o governo e abrir caminhos para outras vitórias.

“O governo que está posto aí é um governo que tem um projeto político mesmo de desmantelamento do ensino público. É um governo que tem como um dos pilares dele o Paulo Guedes que é a representação dos banqueiros, da privatização de tudo que a gente tem do ensino público.

Então um dos problemas, um dos pilares, que a gente tem que travar agora, atualmente, contra os cortes, contra a privatização da universidade, é a gente travar a luta dos estudantes contra o governo Bolsonaro. Na minha avaliação hoje, o pilar contra o governo Bolsonaro, onde a gente começa mesmo o decaimento contra todas essas medidas antipovo, é a gente derrubar a Reforma da Previdência. Então eu acho que esse é o ponto contra o qual os estudantes têm que ter foco maior, porque derrubando a Reforma da Previdência a gente consegue enfraquecer o governo Bolsonaro, enfraquecer essas medidas e fortalecer nosso ensino público.”