Foto: Márcio Ferreira / Ag. Belém

Você já ouviu falar no Fórum Social Pan-Amazônico?

Há quase 20 anos o Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA) é construído pelas mãos dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, quebradeiras de coco, movimentos sociais, grupos de defesa aos direitos humanos, comunidades periféricas e outras múltiplas vozes que se somam ao FOSPA para debater as problemáticas e encontrar soluções que combatam os problemas que afetam os povos das amazônias.

O FOSPA, que acontecerá este ano em Belém, de 28 a 31 de julho, articula povos e se reconstrói a cada nova edição, e volta a Belém pela terceira vez para combater o fascismo e o autoritarismo, defender os territórios e o autogoverno dos povos, nas selvas, rios, campos e cidades e deter a destruição ambiental da Amazônia. Esperando mais de cinco mil participantes na sua décima edição, a abertura terá uma grande marcha no centro histórico da capital paraense. Nos próximos dias, o evento acontecerá no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), às margens do Rio Guamá.

A sua última edição aconteceu na cidade de Mocoa, na Colômbia, de forma online em consequência da pandemia de Covid-19, o que marca a importância da edição que acontece esse ano em Belém. A história do FOSPA começa em 2002, e desde então une forças na luta contra o capitalismo predatório nos nove países da Pan-Amazônia: Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Também participam movimentos e organizações aliadas da Europa e do continente americano.

O encontro, que ocorre bienalmente, é um espaço para troca de experiências, construção de alianças e ação política pelo direito dos povos. Possibilita ainda aos participantes a oportunidade única de conhecer lutadoras e lutadores de outros países, experiências desenvolvidas em vários lugares da Amazônia e outros continentes, informar-se e se formar sobre as questões do mundo de hoje: o aquecimento global, os ataques contra os territórios indígenas e quilombolas, a luta das mulheres no combate ao racismo. Do direito à cidade à defesa da democracia.