O longa foi muito bem recebido pela crítica nacional e estrangeira

Alicia Vikander vive a rainha Catherine Parr. Foto: Divulgação

Por Marilda Campbell

O novo filme do diretor Karim Aïnouz, “Firebrand”, foi exibido na noite de domingo (21), no Grande Teatro Lumière, na mostra competitiva da Palma de Ouro do Festival de Cannes. A produção, inspirada no romance de Elizabeth Fremantle, acompanha os conflitos no casamento da rainha Catherine Parr (Alicia Vikander) com Henrique VIII (Jude Law), uma mulher que enfrentou o machismo, a intolerância e a violência de um monarca em decadência.

“Firebrand” foi aplaudido de pé, por oito minutos, após a sessão e foi muito bem recebido pela crítica. Em seu discurso, o cineasta cearense exaltou o cinema nacional e o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT): “Viva o Brasil! Viva o cinema brasileiro! Viva o Lula!”

 



 

Para o crítico brasileiro Luiz Carlos Merten, “‘Firebrand’ tem um twist final que lhe confere a aura de um thriller histórico. É sólido, muito bem interpretado e Catherine/Alicia Vikander é mais uma mulher tentando sobreviver ao jugo dos homens no cinema do autor.”

 



 

O cineasta Kleber Mendonça Filho, de “Retratos Fantasmas”, elogiou o trabalho de Aïnouz: “A sessão do filme de Karim foi eletrizante. Firebrand dá um viva nas fábulas. Parabéns bicho.”

 



 

Para a jornalista Ema Sasic, do USA Today, “‘Firebrand’ dá a Catherine Parr, a sexta esposa do rei Henrique VIII, a chance de estar no centro de sua própria história. Alicia Vikander dá força à realeza radicalmente progressista. Enquanto um irreconhecível Jude Law é terrivelmente maravilhoso. Convencional, mas divertido.”

 



 

Para Matt Neglia, do portal Next Best Picture, “‘Firebrand’ é muito o meu tipo de drama histórico. Como ‘Game Of Thrones’, é cheio de intrigas palacianas, traições, uma atmosfera taciturna e um rei infernal e desprezível interpretado com uma ameaça vil por Jude Law em uma de suas melhores atuações. Alicia Vikander é igualmente tremenda.”

 



 

“Firebrand” foi a estreia de Karim na direção em língua inglesa, o cineasta já é conhecido em Cannes por sua participação na mostra “Um Certo Olhar” com “Madame Satã” (2002) e “A Vida Invisível” (2019), filme com o qual foi premiado; e por “O Marinheiro das Montanhas”, exibido na Sessão Especial do Festival em 2021.

Leia mais:

Cineasta brasileiro Karim Aïnouz está na disputa pela Palma de Ouro no Festival de Cannes 2023; confira os selecionados