Foto: Christophe Viseux

“Necessitamos de um novo acordo para o financiamento da luta contra a mudança climática entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento”, declarou o secretário da agência ONU Clima, Simon Stiell.

A justiça climática e o financiamento das adaptações que os países precisam fazer para lutar contra a crise climática tem sido uma pauta cada vez mais recorrente nas discussões políticas, e o Brasil tem sido colocado no centro desse assunto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do G20 em 2024, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, e sede da COP30, maior evento de discussão de pautas climáticas do mundo, já se pronunciou sobre o assunto:

“De nada adiantará o mundo rico chegar às COPs do futuro vangloriando-se das suas reduções nas emissões de carbono se as responsabilidades continuarem sendo transferidas para o Sul Global. Recursos não faltam.” disse Lula durante seu discurso na abertura da Cúpula do G20, em Nova Délhi, na Índia.

Foto: Ricardo Stuckert Pr / Agência Brasil

Dessa vez, Simon Stiell advertiu que os 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento não podem “deixar de lado” a mudança climática “que dizimará” suas economias.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) será necessário um investimento anual de US$6,9 trilhões em infraestruturas sustentáveis a nível mundial se o planeta quiser cumprir os objetivos climáticos e de desenvolvimento até 2030.

A liderança do G20, responsável por 80% das emissões da humanidade, “deve estar no centro da solução, como esteve durante a grande crise financeira”, acrescentou Stiell.

Em sua opinião, “temos de definir um novo objetivo para o financiamento da luta contra a mudança climática” na COP29 de Baku.

Com informações da Exame