Foto: Arison Jardim

O Festival de Cinema Margaret Mead, realizado pelo Museu Americano de História Natural, em Nova York, exibiu no último final de semana o filme do povo ashaninka “Antonio e Piti”, dos diretores Wewito Piyãko e Vincent Carelli. O festival foi inspirado trabalho da antropóloga Margaret Mead com filmes e fotografias e objetiva aumentar a compreensão da complexidade e diversidade dos povos e culturas ao redor do mundo.

“Antonio e Piti” retrata a história do povo ashaninka da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, em Marechal Thaumaturgo, no Acre, a partir do casal Antonio Piyãko e Dona Piti. O enredo trata desde o casamento dos dois, ele índio e ela filha de seringueiros não-índio, que foi uma revolução para toda a região, até a luta do povo ashaninka para conquista do seu território e da sobrevivência diante da pressão do mundo exterior.

“Sempre vou lutar pelo seu povo”, esta fala de Piti para seu filho Francisco Piyãko, quando ainda adolescente, retrata bem o espírito com que família Piyãko foi criada e leva até para contribuir na organização da Aldeia Apiwtxa. “Este filme mostra um pouco do que meu povo viveu e está vivendo, sempre lutando para garantir o direito de viver em uma comunidade na floresta, com respeito e dignidade”, declara Wewito.

“Antônio e Piti” será lançado no Acre ainda este ano, durante o Festival Pachamama de Cinema, em Rio Branco.