Evento reuniu mais de 135 mil pessoas online apresentando novos nomes e clássicos da música brasileira.

Siga @festivalficoemcasabr no Instagram

A primeira edição da versão brasileira do Festival Fico em Casa reuniu cerca de 135 mil pessoas durante as apresentações de mais de 80 artistas e apresentadores. De Adriana Calcanhotto a Rennan da Penha, de Urias a Emicida, a programação foi construída de forma plural por mais de 250 produtores, bandas, jornalistas e agentes culturais espalhadas pelo Brasil. As transmissões acontecem simultaneamente no Youtube, Facebook e Twitter e no Instagram de cada artista.

Rapidamente o movimento de solidariedade e cuidado coletivo ganhou proporção chamando atenção para a necessidade de ficar em casa neste momento decisivo de combate à proliferação do Covid-19. O evento arrecada contribuições para entidades sociais que estão sendo afetadas pela interrupção de suas atividades durante a quarentena. Não houve cachê ou qualquer finalidade comercial.

Com cerca de 10 horas de transmissão contínua por dia, o festival repete a sequência de live shows nesta semana, de terça à sexta, trazendo novos nomes de diferentes partes do país, em apresentações de 30 minutos que levam o palco até a sua casa. Contemplando ritmos e estilos variados, na nova edição bandas e artistas se misturam e realizam um contato direto com o público, lendo comentários e reforçando a importância da arte e da cultura para a sociedade.

Enquanto enfrentamos esta pandemia acumulando esforços para preservar vidas, também precisamos cuidar de nossa saúde mental. Samuel Gomes, um dos apresentadores que abriram a programação, debateu a questão com a psicóloga Ana Maria Ferreira.

“A gente tem que redesenhar nosso cotidiano. Da questão de ser colaborativo a ouvir uma música. A desculpa do tempo não cai mais. Essa pandemia, que não sabemos quanto vai durar, já mudou nossas vidas”.

No palco há quase 40 anos, Paulo Miklos encerrou a primeira edição do festival fazendo a primeira live de sua história. Para o cantor, que se divertiu entre uma música e outra interagindo com o público e com a filha Rosa, a conexão é o que importa.

“Muita saúde pra atravessar esse momento com uma boa harmonia em casa. Solidariedade e trabalho em conjunto é o que estamos fazendo aqui e o que desejo pra gente”.

Ainda passaram pela transmissão Fafá de Belém, Daniela Mercury, Valesca Popozuda, Dudu Nobre, Chico César, Lucas da Fresno, Rael e novos nomes como Luedji Luna, Francisco el Hombre, Froid e Boogarins. A cantora baiana Majur fez uma das apresentações mais potentes, performando, tocando violão e piano em Amarelo, música de Emicida em que participa ao lado de Pablo Vittar. Ao final refletiu sobre o momento que passamos, que nos convida a tomar atitudes individuais decisivas para o coletivo.

“Se protejam, protejam quem vocês amam. Mais do que tudo olhem pra dentro nesse momento. A gente precisa se renovar e renovar no amor.”

Apresentadores reforçam o time e anunciam as atrações, dos Vjs Thunder Bird e Marina Person ao coletivo Influência Negra, as mensagens foram de esperança e resistência. Outras causas também foram defendidas, Preta Rara convocou para a campanha da hashtag #QuarentenaRemuneradaJá que reivindica o direito das diaristas e empregadas domésticas que, a exemplo de outros profissionais, são as primeiras atingidas em momentos de crise.

Todas as lives estão disponíveis no canal do Youtube, se inscreva para não perder as próximas!

Siga @festivalficoemcasabr em todas as redes.

 

Entidades que receberão as contribuições:

Agência Popular Solano Trindade – SP
Alvo – RS
Cades – AC
Coletivo Papo Reto – RJ
Fundação Casa Grande – CE
Fundo de emergência para os Sem-Tetos – SP
HEMOCEG – GO
Jongo da Serrinha – RJ
R.U.A.S – DF
Uneafro – RJ / SP
Voz das Comunidades – RJ