Em 2020, a comunidade LGBTQI+ portuguesa celebra os dez anos de aprovação do casamento igualitário pelo Tribunal Constitucional. Para marcar da data, o duo Fado Bicha,  baseado em Lisboa, subiu na rede um manifesto que revisita as mais obscuras retóricas homofóbicas feitas pelo Parlamento ao longo deste período.

“É um manifesto bicha ao contrário para nós, bichas. Todas as bichas: mulheres, homens, pessoas não-binárias, lésbicas, pessoas trans, gays, intersexo, bissexuais. Para todes que apoiam as nossas existências. As nossas vidas são dignas, as nossas famílias são dignas, o nosso amor é digno, o nosso desejo e o nosso sexo são dignos. Dignos e iguais. Que este espelho invertido sirva também para nos lembrar sempre disso”, afirma o texto publicado pelos artistas.

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Sobre o projeto

O Fado Bicha é um projeto musical e ativista composto por Lila Fadista (voz) e João Caçador (guitarra elétrica). O projeto, em todas as suas vertentes (temática, lírica, visual, musical), assenta sobre uma premissa de subversão da regra heteronormativa. Mais ainda quando a matriz de referência e a matéria sobre a qual trabalham é o fado, um estilo musical conservador nutrido por um meio tradicionalista. Através da alteração de poemas já cantados e da criação de novos, criam-se espaços para a experimentação de narrativas não normativas no que toca ao género e à sexualidade. É fado até ao tutano, intenso e rasgado, e é bicha porque usa a subversão como linguagem de identidades tão pouco representadas.