Pedido partiu da Advocacia-Geral da União e mira responsáveis e autoridades investigadas após invasão de Brasília

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Anderson Torres, secretário exonerado da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, teve prisão decretada na tarde desta terça-feira (10), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Torres está fora do Brasil e poderá ser preso por meio da Interpol, ou quando retornar ao país.

O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União ao sinalizar que há cometimentos de crimes em relação a possível omissão diante da ação policial para conter os atentados terroristas em Brasília, no último domingo. O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira, já está preso.

Anderson Torres foi ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PL). Foi responsável por abrir uma investigação na Polícia Federal que mirava institutos de pesquisa eleitoral, em um momento que a base bolsonarista intensificou os ataques contra o resultado eleitoral que elegeu Lula no último dia 30 outubro.

Para o interventor federal, agora responsável pela segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, houve explícita tentativa de sabotagem do esquema de segurança na semana que antecedeu os atentados. O ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Lula, Flávio Dino, afirmou que mais de 1,5 mil golpistas foram presos ou detidos, e que idosos e mulheres com crianças começaram a ser liberadas hoje, após terem sido ‘fichadas’ pelas autoridades.

Leia mais:

Câmara do DF vai instaurar CPI para apurar ataques terroristas em Brasília

Mais de 1,5 mil terroristas já foram presos ou detidos em Brasília, diz Flávio Dino

Limpeza retira mais de 60 toneladas de lixo de acampamento golpista em Brasília