Registros foram apresentados pela paraense Elza Lima em V Festival Fotografia em Tempo e Afeto

Foto: Elza Lima

Não é de hoje que os povos tradicionais são ameaçados por grandes empreendimentos. O lago de Tucuruí, no Pará, foi criado para a construção de uma hidrelétrica, matando diversos animais e tirando a casa de cerca de 3 mil pessoas. A fotógrafa Elza Lima, que registra o cotidiano dos povos dos rios e das florestas da Amazônia há quase 40 anos, registrou com seu olhar esse lago, criado de forma artificial, e que mudou o ecossistema desse trecho do rio Tocantins, que foi desviado para a construção da hidrelétrica, que é a segunda maior do Brasil, atrás somente de Belo Monte.

A construção da represa causou um desastre ambiental, com a eutrofização, que é a liberação do dióxido de carbono e do metano devido à decomposição do material orgânico inundado.

Foto: Elza Lima

Elza busca, através de suas imagens, imprimir a realidade da Amazônia, de quem vive nas beiras dos rios, quem mora na floresta. Suas imagens transmitem um cotidiano que provoca e encanta, que traz curiosidade, elas contam uma história, e foi o que a fotógrafa contou no lançamento da 5ª Edição do Festival de Fotografia Em Tempo e Afeto, com o workshop Habitar Água Enquanto a Terra Arde, onde ela apresentou um pouco do seu trabalho, a relação de ribeirinhos e indígenas com a Água, e seu processo criativo.

O Festival começou oficialmente nesse domingo, 13 de fevereiro, e traz uma mostra a céu aberto pelas ruas de Porto Velho, Rondônia, que acontece desde 2017 para expandir o sentimento de pertencimento visual no estado, e segue com mais oficinas.

Saiba mais sobre o V Festival Fotografia em Tempo e Afeto, com workshops com fotógrafos como João Roberto Ripper e o artista visual e educador Uiler Costa-Santos, aqui.