Em agosto, o TSE já havia determinado a exclusão de notícia falsa em que Lula iria proibir o trabalho de motoboys e motoristas de aplicativos, como iFood e Uber

Fotos: Ricardo Stuckert / Matheus Bonomi/Estadão Conteúdo

Eduardo Bolsonaro terá que apagar mais uma fake news contra o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desta vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que sejam apagadas as publicações das redes sociais do filho 03 de Bolsonaro, em que ele tenta associar o petista ao fechamento e invasões de igrejas.

A decisão do TSE acatou, nesta segunda-feira (5), o pedido do PT e demais partidos da coligação da campanha do ex-presidente Lula para que a fake news seja excluída. No entendimento do tribunal, o parlamentar tira notícias de contexto para atacar o rival.

As publicações, enviadas em quatro redes sociais, são uma montagem recortando trechos de notícias sobre os ataques do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, a líderes religiosos. Na mesma imagem, apresenta trechos de falas de Lula onde faz menção ao presidente nicaraguense, buscando dar a entender que defende o fechamento das igrejas no país centro-americano.

A defesa de Eduardo Bolsonaro alegou se tratar de um exercício da liberdade de manifestação de pensamento. A relatora, Cármen Lúcia, já alegou que “o que se tem é mensagem ofensiva à honra e imagem de pré-candidato à Presidência da República, com divulgação de informação sabidamente inverídica”.

No final do mês passado, o TSE já havia determinado a exclusão de notícias falsas que associavam Lula à família de Adélio Bispo, que esfaqueou o atual mandatário na campanha de 2018, e também diziam que, se eleito, Lula iria proibir o trabalho de motoboys e motoristas de aplicativos, como iFood e Uber.

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