Foto: TV Cultura

A filósofa e escritora Djamila Ribeiro foi convidada a assumir a cadeira 28, que pertencia a Lygia Fagundes Telles, na Academia Paulista de Letras (APL). O convite foi feito pelo próprio presidente da casa, José Renato Nalini. Lygia morreu em 3 de abril deste ano.

Após a morte da autora, Djamila diz que recebeu uma ligação de Nalini, que oficializou o convite. Ela afirma ter ficado muito “feliz e honrada”, conforme noticiado em coluna de Monica Bergamo na Folha de S. Paulo. A escritora se inscreveu para a vaga e agora aguarda a decisão da APL. Se eleita, Djamila será a mais jovem de todos dos “imortais” da Casa.

Ainda conforme a coluna, Djamila afirma ter sido bem recebida há um tempo em uma sessão da APL e os acadêmicos já acenavam com satisfação a presença da escritora como membro da APL.

Djamila é mestre em filosofia política pela Unifesp, professora da PUC-SP e tem acumulado diversos prêmios nacionais e internacionais, incluindo o Jabuti. Alguns de seus livros são referências na temática antirracista no Brasil, como “Quem Tem Medo do Feminismo Negro?” e “Pequeno Manual Antirracista”.

Hoje, ela coordena a coleção Feminismos Plurais, da editora Pólen e realizou recentemente um antigo sonho de fundar um espaço literário, chamado Espaço Feminismos Plurais. Localizado na Alameda Tupiniquins, 343, em Moema, São Paulo, o Espaço será “um lugar de acolhimento e produção de conhecimento. Trabalharemos junto às populações mais vulnerabilizadas de forma holística”, escreveu.

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