Foto: Mídia NINJA

O Distrito Drag, coletivo criado por artistas transformistas do Distrito Federal, vão abrir as portas da sua mais nova sede nesta segunda-feira (25), em Brasília, no sétimo andar do Edifício Jamel Cecílio, Setor Comercial Sul da capital federal.

Desde a sua origem, foi sonhado um espaço amplo e aberto à população com objetivo de potencializar a produção, circulação e difusão das manifestações artísticas e culturais de pessoas LGBTI+. Em outubro, o Distrito Drag completará 5 anos de existência, reunindo importantes drag queens do cena candanga, como Ruth Venceremos, Mary Gambiarra, Raykka Rica, Rojava, Abigail, Amenda, Kelly Queen, Nágila GoldStar e Mozilla FireFox.

Hoje, o coletivo é referência em produção cultural, formação artística, política e técnica para a comunidade LGBTI na capital do país. Entre as grandes ações promovidas destacam-se o Bloco das Montadas, o Calendário Drag, Festival Nacional de Arte Transformista, Performática Drag, atividades formativas e de capacitação.

A sede do Distrito Drag, um espaço alugado de 330 m², será um lugar de capacitação, formação político-cultural e artística, através de cursos, oficinas e workshops. Contará com espaço de convivência, camarim, salas multiusos e um estúdio para vídeos e fotos. Será aberto para aquelas artistas transformistas que precisam de um lugar para se montar, realizar ensaios, entre outros.

“Me lembro que muitas vezes tive que levar minha maquiagem no porta-malas do carro, me montar em estacionamento de mercado ou até mesmo na rua por não ter lugar adequado e liberdade em casa”, relata Mary Gambiarra, uma das idealizadoras do Distrito Drag. “É importante e valioso saber que vamos abrir as portas para pessoas que seguem não tendo oportunidades e espaços”.

Como forma de manter viva a história e a memória de pessoas que foram precursoras e deixaram um legado importante para comunidade LGBTI+, cada espaço da sede é em homenagem a uma personalidade, a saber: Sala de Convivência Marielle Franco; Camarim Miss Biá; Sala Multiuso Vera Verão.

“Estamos sonhando há dias com esse momento, declaramos um espaço livre para organizações sociais, coletivos artísticos e toda nossa comunidade. Queremos colorir ainda mais o Distrito Federal e ocupar a área central de Brasília, fortalecer nossa cena cultural e demarcar o plano piloto com nossa arte exagerada e potente” diz Rojava, artista transformista e diretora do Distrito Drag.

Estão confirmados para a inauguração representantes de movimentos LGBTI+ e movimentos sociais, artistas locais, representantes de secretarias do governo e parlamentares. O coletivo tem buscado criar projetos com instituições e com o poder público, criando ações para autossustentação e organização do espaço, como a campanha de figurinos e materiais artísticos e a campanha de mobília e equipamentos.

Está aberta uma vaquinha online com objetivo de mobiliar o espaço.