Foto: Henrique Medeiros/ Mídia NINJA

Os índices de desigualdade no Brasil aumentaram. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada na última quarta-feira (6), com dados referentes a 2019. A análise, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que as desigualdades se mantiveram no pior nível da série desde 2012 e mantiveram o resultado negativo de 2018.

A pesquisa investiga dados socioeconômicos, entre eles, educação, trabalho e renda e constatou, e mede através do índice Gini os indicadores – os valores variam de 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração e desigualdade).

No quesito rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, a Região Sul do Brasil teve a menor taxa: 0,451 e o Nordeste o maior, 0,531. Analisando pelo rendimento domiciliar per capita, s Brasil registrou o valor de 0,543 nesse índice, sendo o Nordeste com maior índice de desigualdade (0,559) e o Sul com o menor (0,467).

O desemprego no Brasil atingiu em 2019, R$ 12,6 milhões de pessoas e a pesquisa mostra que raça também é um fator de desigualdade: pessoas brancas têm um rendimento médio mensal de R$ 2.999, as pardas R$ 1.719 e as pretas R$ 1.673.

Com relação ao acesso a bens e serviços, a desigualdade pode ser observada entre quem recebe benefícios do governo e quem não recebe: 13,5% dos domicílios particulares permanentes recebiam, em 2019, renda referente ao Programa Bolsa Família, contra 13,7% em 2018. E isso se reflete também em acessos a serviços básicos: entre os que recebem Bolsa Família, 68,5% não tinham esgotamento sanitário com rede geral ou fossa séptica ligada a rede geral, já nos domicílios que não recebiam o benefício, 72.8% tinham o serviço.