As acusações foram feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que foi alvo da operação Lava Jato

Foto: Montagem/Câmara dos Deputados

No seu último pronunciamento antes da aposentadoria, o ministro Ricardo Lewandowski concordou com a posição da PGR em manter a investigação contra Sergio Moro no STF. Moro é suspeito de ter cometido irregularidades quando era juiz da Lava-Jato. As acusações foram feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que foi alvo da operação.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, “a cronologia dos fatos aponta para possível interferência de Sergio Moro no julgamento dos processos da Lava Jato – incluindo os processos de Rodrigo Tacla Duran – mesmo após sua exoneração do cargo de Juiz de Direito, mas também passando por atos praticados como Ministro de Estado da Justiça, bem como a notícia de suposta interferência do Senador da República Sergio Moro, na condição de ex-Juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba na prática de atos decisórios nos autos da Ação Penal no 5019961-43.2017.4.04.7000/PR”, disse o ministro.

Desta forma, o ministro concluiu que, pelo menos nesta fase inicial, a competência para a supervisão e apuração dos fatos cabe ao Supremo Tribunal Federal, conforme o artigo 102, inciso I, letra b, da Constituição da República.

Lewandowski ordenou que a PGR avalie a possibilidade de abrir inquérito para investigar os fatos descritos no procedimento contra Moro.

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